Homem assediava e pedia vídeos íntimos de alunos de escolas particulares em BH
Durante a investigação, foram obtidas evidências de que o investigado, além de fazer uso das imagens, vende o conteúdo a outras pessoas
Foi realizada nessa quinta-feira (29), a Operação Aquiles, que cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados em Belo Horizonte, para investigar a produção, aquisição e venda de material de pornografia infantil em grupos de Whatsapp. O suspeito pedia conteúdo pornográfico para alunos de colégios particulares da capital mineira. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e da 26ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio da Polícia Militar de Minas Gerais e da Polícia Civil de Minas Gerais, deflagrou a operação.
Chegou ao conhecimento do MPMG, por meio da mãe de um adolescente, que alguém estava assediando alunos de grandes colégios particulares de BH para que enviasse fotos e vídeos de nudez e atos libidinosos. O autor fazia o pagamento de pequenos valores via pix para os adolescentes em troca desses conteúdos. “As fotos e vídeos eram voltados, principalmente, a fetiches de podolatria e sadomasoquismo”, informou o Ministério Público.
Durante a investigação, foram obtidas evidências de que o investigado, além de fazer uso das imagens, vende tais fotos e vídeos a outras pessoas. Há também indícios de que ele atraía jovens para encontros presenciais com o fim de praticar atos libidinosos.
“Após coletas de provas digitais e análises de dados, foi identificado o autor das mensagens e dos pagamentos, levando à deflagração da operação. Foram apreendidos um telefone celular, computadores, HDs e pen drives. Nos terminais do investigado foram encontradas fotografias e vídeos contendo cenas de sadomasoquismo e pornografia envolvendo adolescentes”, comunicou o MPMG.
Operação e denúncia
A operação foi denominada Aquiles em razão da fixação do investigado em fetiches por pés. O processo se encontra sob sigilo judicial e terá continuidade com a análise dos dados obtidos para identificação de vítimas e dos demais envolvidos nos crimes. Os pais de alunos que suspeitarem que seus filhos tenham sido vítimas de crimes relacionados a este caso podem procurar o Ministério Público de Minas Gerais.
Os telefones da Ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais são 127 e 3330-9504. A manifestação pode ser feita também pela internet, no portal do MPMG – www.mpmg.mp.br – na seção Atendimento ao Cidadão.