Duas mulheres são condenadas a 16 anos de prisão pela morte de uma adolescente de 12 anos, filha e irmã delas

A adolescente passou mal e morreu vítima de intoxicação pela interação de etanol e fluoxetina

Terminou na quinta-feira (14), em Nova Lima, após quase 24 horas de sessão, o julgamento de mãe e filha denunciadas por homicídio qualificado por meio cruel. As duas foram condenadas a 16 anos de prisão por participação na morte de uma adolescente de 12 anos, respectivamente, filha e irmã das rés.

O julgamento contou com a atuação do promotor de Justiça Enzo Bassetti e a pretensão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi acolhida integralmente.

De acordo com a denúncia, assinada pela promotora de Justiça Elva Cantero, concluindo que a adolescente estava triste em razão da morte recente da avó, a mãe e a irmã da vítima passaram a ministrar-lhe cloridrato de fluoxetina, sem qualquer orientação médica. Por causa do remédio, a adolescente passou a apresentar sintomas como dores abdominais, perda de peso, vômitos, dor de cabeça, letargia e sonolência.

Na tarde do dia 31 de julho de 2019, acreditando que o quadro da adolescente seria de fundo espiritual, a mãe e a irmã levaram a jovem até a residência de um casal para que ela fosse submetida a um ritual. Com a anuência das duas, a vítima ingeriu considerável dose de etanol.

Entorpecida pelo álcool, foi colocada em uma cama dentro da casa do casal, onde adormeceu — e ficou acompanhada pela irmã. A mãe voltou para a residência em que moravam. Na madrugada do dia 1º de agosto, a adolescente passou mal e morreu vítima de intoxicação pela interação de etanol e fluoxetina.

* Com informações do MPMG.