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CS:GO: “O nível daqui tá muito grande”, diz Nak sobre cenário nacional
“Valeu galera da PlayTimes”. Foi dessa forma que Renato “nak” Nakano, jogador de Counter-Strike: Global Offensive pela RED Canids Kalunga, começou a responder algumas questões, em entrevista exclusiva cedida ao PlayTimes. O pro player veterano conta com grande experiência internacional e comentou questões sobre o nível do cenário nacional de CS:GO, a diferença entre torneios […]
“Valeu galera da PlayTimes”. Foi dessa forma que Renato “nak” Nakano, jogador de Counter-Strike: Global Offensive pela RED Canids Kalunga, começou a responder algumas questões, em entrevista exclusiva cedida ao PlayTimes. O pro player veterano conta com grande experiência internacional e comentou questões sobre o nível do cenário nacional de CS:GO, a diferença entre torneios lan e online e também a atuação da RED Canids no torneio.
A entrevista foi cedida no dia 11, logo após a estreia da equipe de Nak na competição. Naquele dia, a Matilha empatou com a W7M por 1-1, perdendo no mapa Inferno e saindo vitoriosa na Mirage.
Antes de se transferir para a RED Canids, nak atuava na equipe da Sharks Esports, cuja sede é localizada em Portugal. Perguntado sobre como ele avalia o nível do cenário nacional comparado ao internacional, Renato Nakano diz que o Brasil está bem servido no CS:GO. “Eu jogava na Sharks, a gente jogava há muito tempo lá fora, mas, mesmo assim, a gente voltava pro Brasil e jogava alguns qualifiers, então eu já conheço a maioria dos times, eu sei já o nível do CS, então não estou sentindo tanto isso. Acho que o nível daqui tá muito grande. Mesmo com o treinamento lá da Europa, quando a gente voltava a gente sofria para ganhar, e muitas vezes perdia até”, conta.
Apesar do alto nível, o pro player ressalta que ainda contamos com dificuldades em solo brasileiro. “O treino aqui é um pouco mais complicado do que lá, porque é difícil de achar time. Lá o nível é muito mais alto, então talvez nossa evolução seja um pouco mais devagar aqui, mas a competitividade é alta e agora com a CLUTCH e outras oportunidades que podem surgir, o cenário tende a crescer”.
No CS:GO, o cenário brasileiro costumava ter torneios predominantemente online. Porém, neste segundo semestre de 2019 começaram duas novas competições semanais com partidas em lan, sendo elas a BR League do CLUTCH Circuit, chamada de Brasileirão de CS:GO, e o Campeonato Brasileiro de CS:GO (CBCS). Nak afirma que esse processo de jogar mais torneios presenciais é muito importante. “É muito legal o que está acontecendo agora, dos campeonatos serem em lan. Espero que a maioria dos campeonatos seja assim também, porque faz toda a diferença. Se você está só jogando online, ganha um qualifier online e vai para fora, você vai perder lá, porque lan é diferente. É tudo diferente. Você não tá confortável na sua mesa, na sua cadeira, com o seu monitor, o seu computador, e isso muda. O brasileiro, esses times brasileiros têm que começar a serem mais cascudos e já se acostumarem com essa mudança de ambiente, para conseguir desempenhar bem do mesmo jeito”.
Atuando profissionalmente desde 2004, Renato Nakano já vivenciou diversas fases do CS, sendo até mesmo campeão mundial em 2006 pela equipe da MIBR. Questionado se, ao começar a carreira, ele já esperava que um dia o esport fosse se tornar o que é hoje, nak acenou positivamente. “Eu imaginava que um dia não só o CS, os esports no geral, iam crescer e nunca mais iam parar, e é o que vai acontecer. O público é muito grande e só tende a aumentar. Então, eu já imaginava sim que um dia poderia ser profissional a esse ponto”, afirma.
A estreia da RED Canids não foi exatamente como esperado. A equipe perdeu por 16-4 na Inferno para a W7M, mas soube se recuperar e vencer a segunda partida, na Mirage. Apesar disso, Nak avalia a estreia positivamente. “A gente não entrou para jogar o nosso jogo no primeiro mapa. Foi essa a nossa conversa. A gente ficou bem tranquilo até, por incrível que pareça, porque a gente sabia que a gente consegue jogar muito melhor do que isso. O nervosismo seria inevitável na estreia”, diz o jogador. E continua. “O time realmente sofreu um pouco com nervosismo, mas tô orgulhoso do que a gente apresentou no segundo mapa, mesmo perdendo desse jeito no primeiro. O time mostrou maturidade, mostrou que é bom, mostrou que sabe jogar em lan também, e a gente jogou bem, dava até para ser mais elástico o segundo mapa, mas é isso. Acho que, no geral assim, foi positivo. Tirando os pontos que a gente perdeu, foi positiva essa estreia”, conclui.
Após esse embate, a RED Canids também enfrentou a Vivo Keyd na segunda-feira (16), e saiu derrotada por 2-0. Hoje (18), a Matilha liderada por Nak enfrentará a Detona Gaming, com o confronto acontecendo a partir das 17h30 do horário de Brasília.