O filme da ressocialização

Os usuários que estiveram na Câmara freqüentam, desde novembro do ano passado, o Centro de Convivência do Caps, que funciona todas as quartas-feiras no Centro Comunitário do bairro João XXIII. Lá, eles participam de várias atividades pedagógicas, todas elas com o objetivo de promover a integração e a ressocialização desses usuários.

Nesta quarta-feira, antes do filme “O Menino da Porteira”, que eles mesmos escolheram, os usuários assistiram a um filme produzido pelo Caps que mostra as atividades realizadas no Centro de Convivência. Os telespectadores iam ao delírio a cada vez que se reconheciam na tela projetada no plenário dos vereadores.

De acordo com uma das coordenadoras do projeto, a terapeuta ocupacional Fabiana Pessoa, o Centro de Convivência mudou a vida dos usuários. Ela conta que eles hoje se sentem mais valorizados. “Eles são outros. Tem o caso de uma das usuárias que se sentiu muito feliz porque passou a usar uma roupa que ela mesma escolheu para comprar. São coisas que para nós parecem pequenas, mas que para eles fazem uma grande diferença”, comentou.

Para Fabiana, as atividades ocupacionais são fundamentais para o tratamento das pessoas que têm o transtorno psiquiátrico. “Não é só o remédio que resolve, né?! Tem que haver a interação, o contato com a sociedade. A ressocialização é extremamente importante”, afirma.

A sessão de cinema foi um pedido dos próprios usuários. Eles escolheram o filme "O Menino da Porteira", um longa-metragem nacional baseado na tradicional canção sertaneja e que conta a estória do boiadeiro Diogo e do garoto Rodrigo.