Há 25 anos nascia em Itabira uma filial da Cruz Vermelha
Há 25 anos, era fundada a Cruz Vermelha Itabirana
A Cruz Vermelha é uma organização internacional, sem fins lucrativos, cujo objetivo principal é prestar socorro e assistência às pessoas vítimas de guerras e catástrofes naturais (terremotos, tornados, enchentes, etc). A Cruz Vermelha Internacional foi fundada em 1863 pelo suíço Jean Henri Dunant. Ela conta muito com o trabalho de voluntários (médicos, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais).
Há 25 anos, era fundada a Cruz Vermelha Itabirana. DeFato conversou com o seu primeiro presidente, o professor Fernando Moreira Cunha, que reside em Itabira. Antes de mais nada, a triste constatação: a filial de Itabira desapareceu.
FALA FERNANDO CUNHA
“A Cruz Vermelha Brasileira de Itabira foi fundada em 9 de outubro de 1985, dia em que a cidade completava 137 anos de emancipação político-administrativa, pelos enfermeiros Jorge Luiz Duarte (in memoriam) e por mim”, informa o professor Fernando Moreira Cunha. Segundo ele, a iniciativa teve a participação da professora Maria da Piedade Porto, de Joaquim Carolino Citty Rosa, Antônio José da Silva, Maria Del Carmen Gimenez, Jussara Figueiredo Barbosa e João Barbosa Filho.
“Eu atuava como enfermeiro e fui o seu primeiro presidente; tínhamos a sede provisória instalada na rua Itambé, bairro Major Lage de Baixo; começamos atuando com cerca de 100 voluntários/contribuintes, todos treinados para a função de socorristas; os parceiros na fundação da Cruz Vermelha Itabirana foram a Vale, Prefeitura, Centro Regional de Saúde , Hospital Nossa Senhora das Dores, Sempre Viva Transportes, Braguinha Supermercado, Transportes Cisne e outros segmentos do comércio da cidade”, diz Fernando Cunha.
Participaram da solenidade de abertura, além dos primeiros socorristas, o então secretário municipal de Saúde, médico José Santana Mendes; o radialista Luiz Menezes, que tinha criado a rádio Itabira AM; o diretor da Liga Itabirana de Futebol Amador (Lifa), João Mário de Brito; o médico José Batista da Silva (in memoriam, nova-erense, irmão do então presidente da Vale, Eliezer Batista; o médico José Cesário Martins Carneiro, que representou o Centro Regional de Saúde e o Hospital Nossa Senhora das Dores; o representante da Vale, Ceomar Paulo Santos; a professora Maria do Carmo Senra Moreira (Cacá) e o primeiro presidente da unidade itabirana, professor Fernando Moreira Cunha, entre outros.
Era prefeito de Itabira José Maurício Silva que, de acordo com Fernando Cunha, deu apoio incondicional à iniciativa dos itabiranos. Além dele, o então superintendente da antiga CVRD, Juarez César da Fonseca (in memoriam)
E AGORA, JOSÉ?
Vinte e cinco anos depois, quando a necessidade de uma ONG é infinitamente maior e quando Itabira tem um hospital regional, o Nossa Senhora das Dores, sempre em volta com baixo estoque no seu banco de sangue, a Cruz Vermelha Itabirana desapareceu, apesar de manter muitos de seus membros ainda em atividades comunitárias, como é o caso o próprio ex-presidente e de outras personalidades.
A Cruz Vermelha Brasileira foi fundada em 5 de dezembro de 1908 na forma prevista nas Convenções de Genebra. Seu primeiro presidente foi o médico Oswaldo Cruz, chamado de patrono da Saúde Pública no Brasil, responsável pelas principais campanhas sanitaristas do início do século XX no Rio de Janeiro.
A organização atua com base nos princípios fundamentais da Cruz Vermelha e sua missão compreende:
— agir, em caso de guerra, e preparar-se, na paz, para atuar em todos os setores abrangidos pelas Convenções de Genebra e em favor de todas as vítimas de guerra, tanto civis como militares;
— contribuir para melhoria de saúde, a prevenção de doenças e o alívio do sofrimento, através de programas e de serviços que beneficiem à comunidade, adaptados às necessidades de peculiaridades nacionais e regionais, podendo também, para isso, criar e manter cursos regulares, profissionalizantes e de nível superior;
— organizar, dentro do plano nacional, serviços de socorro de emergência às vítimas de calamidade, seja qual for sua causa; recrutar, treinar e aplicar o pessoal necessário às finalidades da instituição; incentivar a participação de crianças e jovens nos trabalhos da Cruz Vermelha;
— divulgar os princípios humanitários da Cruz Vermelha a fim de desenvolver na população, e particularmente nas crianças e nos jovens, os ideais de paz, respeito mútuo e compreensão entre todos os homens e todos os povos;
— continuam como seus princípios: Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Voluntariado, Unidade e Humanismo.
Mas, e Itabira? Acordem, itabiranos!