Municípios são capacitados em Vigilância da Malária
Profissionais de municípios que fazem parte da Gerência Regional de Saúde de Belo Horizonte (GRS/BH) participaram, na manhã desta terça-feira (3), de uma capacitação em Vigilância da Malária. Segundo a referência técnica em Malária da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Kátia Chaves, no Estado, em função da existência do mosquito transmissor do gênero Anopheles, […]
Para Kátia, este tipo de capacitação é importante para preparar os profissionais dos municípios em relação a este agravo. “É preciso saber como suspeitar, diagnosticar e tratar os casos de malária para evitar complicações e óbitos e também para impedir sua transmissão dentro de Minas Gerais. O pequeno número de casos de malária registrado no Estado contribui para a pouca vivência e saber dos profissionais em relação à abordagem diagnóstica e terapêutica da malária, possibilitando atraso, falha do diagnóstico e do tratamento”, explica.
Durante o evento, foram tratados temas como a forma de transmissão, incidência, diagnóstico, sintomas e estratégias de controle da doença. O objetivo é que os profissionais capacitados sejam multiplicadores em seus municípios. Além disso, foi apresentada uma explicação sobre o correto preenchimento da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que sempre gera dúvidas entre os profissionais.
A doença
A malária é uma doença infecto-parasitária, febril e de evolução aguda, que pode ser transmitida ao homem pela picada do mosquito do gênero Anopheles, agulha ou sangue contaminados e ainda, ocasionalmente, durante o parto.
É uma das doenças parasitárias com maior prevalência no mundo, ocorrendo em cerca de 90 países, principalmente nos tropicais e subtropicais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 250 milhões de casos anuais. Na América do Sul, o maior número de casos é verificado na Amazônia Brasileira, com registro de cerca de 500 mil casos por ano.
Em Minas Gerais já houve transmissão da doença nas décadas de 60 e 70. Atualmente a transmissão da malária está controlada, mas há ocorrência esporádica de casos importados, ou seja, casos em que a doença é contraída fora do território do Estado. A maioria destes casos procede de área endêmica do Brasil (Amazônia Legal), sendo causada pelo fluxo dos indivíduos infectados.
Não existe vacina contra a malária que, em casos mais graves, pode até levar à morte, mas, uma vez diagnosticada em tempo oportuno, tem tratamento simples.
Sintomas
Alguns sintomas da malária podem aparecer isolados ou em conjunto. São eles: cefaléia, dor no corpo, fraqueza, febre, epigastralgia, lombalgia, tonteira, náusea, calafrio.