Nessa quarta-feira (5), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou que o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) cresceu 1,5 ponto de agosto para setembro deste ano. Esse índice tem o objetivo de antecipar os principais movimentos do mercado de trabalho no Brasil. Ou seja, orientar sobre o aumento ou a diminuição dos postos de trabalho no país com base na evolução do setor de indústria, bens e serviços.
As informações contidas no Iaemp são extraídas das Sondagens Empresariais e do Consumidor produzidas pela FGV. Nos últimos seis meses, o índice acumulou uma alta de 8,8 pontos. Em setembro, quatro dos sete componentes que levam ao número final do indicador tiveram alta, com destaque para tendência dos negócios da indústria e para o indicador de emprego previsto no setor de serviços.
Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, explica que, com a pandemia cada vez mais sob controle, a economia vai ditar o ritmo do mercado de trabalho. “No curto prazo, ainda é possível novos resultados positivos. O patamar do indicador ainda exige alguma cautela, mas sua trajetória favorável neste trimestre indica um cenário positivo para o mercado de trabalho”, disse em nota.
Dados mais recentes do IBGE mostraram que a taxa de desemprego caiu a 8,9% nos três meses até agosto no Brasil, em meio a um contingente recorde de pessoas ocupadas, chegando ao nível mais baixo em sete anos.
Sendo assim, o indicador aponta para que o número de desempregados no país siga caindo, com o surgimento de novas vagas ainda na reta final de 2022.