A misteriosa visita de Lula a Minas Gerais

Os deputados federais, Reginaldo Lopes e Rogério Côrrêa, dois dos principais nomes do PT no Estado, mantiveram o suspense sobre os compromissos do presidente

A misteriosa visita de Lula a Minas Gerais
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Nem aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falam abertamente sobre sua visita programada para a semana que vem a Minas Gerais. Sabe-se, até agora, que o presidente passaria o dia 7 de fevereiro em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, embarcando para Belo Horizonte à noite desse mesmo dia. No dia 8 de fevereiro, Lula tem compromissos tanto na capital como em Contagem, cidade comandada por Marília Campos (PT).

Os deputados federais, Reginaldo Lopes e Rogério Côrrêa, dois dos principais nomes do PT no Estado, mantiveram o suspense sobre os compromissos do presidente. Corrêa se limitou dizer que a agenda é “oficial de governo” e que Lula não conversará sobre a pré-candidatura do parlamentar à prefeitura de Belo Horizonte.

Também Marília Campos não se aprofundou sobre o tema, limitando-se a dizer que “não tem nenhuma informação da agenda de Lula”.

Especula-se uma possível visita de Lula ao desativado Aeroporto Carlos Prates, na região noroeste de BH, mas a informação não tem confirmação.

Na manhã desta sexta-feira (2), lideranças do PT se reúnem para definir como será a organização de recepção ao presidente. Na tarde de quinta-feira (1º) ocorreu uma reunião da equipe presidencial para detalhar a primeira visita dele a Minas.

As assessorias dos presidentes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), informaram que ainda não sabem dizer se os dois irão encontrar com o chefe do Executivo, já que não há definição sore o cronograma.

Uma conversa entre o governador Romeu Zema (Novo) e o presidente Lula não está descartada. É interesse do Palácio Tiradentes atenuar a tensão entre as partes, principalmente por causa da dívida mineira com a União.

Em entrevista à TV Bandeirantes na quinta-feira, Zema disse que pretende compartilhar com Lula os problemas enfrentados por Minas e que nada tem contra a pessoa do presidente.

“Este é mais um folclore em Minas, porque eu já pedi audiência em Brasília e fui muito bem recebido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, quando pedi uma audiência de 5 minutos com o presidente. Estive em três eventos no Palácio do Planalto, com outros governadores. Já falei que ele será bem-vindo aqui. Se ele vier, sendo que não há aviso oficial e não chegou nada oficialmente para o governo, eu solicitei 300 minutos com ele, caso venha a Belo Horizonte”, declarou Zema.

O vice-governador Mateus Simões (Novo) tem a mesma opinião e é taxativo: “O governador jamais deixaria de receber um presidente da República”.

Fonte próxima ao governador Zema disse que não há nenhuma restrição para um possível encontro, mas ressalta que nenhum contato foi feito pelo governo federal com o Estado: “É de praxe a conversa entre as secretarias executivas para agendar reuniões deste tipo. O que a equipe do governador sabe a respeito da visita do presidente é o que foi relatado na imprensa”.