“Ah! Se o meu povo me escutasse…”

Confira a nova coluna do Pastor Vagner Miranda.

“Ah! Se o meu povo me escutasse…”
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“Livrei os seus ombros do peso, e suas mãos foram livres dos cestos. Clamaste na angústia, e te livrei; do recôndito do trovão eu te respondi e te experimentei junto às águas de Meribá. Ouve, povo meu, quero exortar-te. Ó Israel, se me escutasses! Não haja no meio de ti deus alheio, nem te prostres ante deus estranho. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito. Abre bem a boca, e ta encherei. Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos. Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao Senhor se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.” (Salmos 81:6-16)

Você sabe a diferença entre ouvir e escutar? Ouvir refere-se aos sentidos da audição, escutar é a resposta que damos ao que ouvimos. Se alguém te pede algo que você tenha ouvido mas se nega a fazer, entende-se que você ouviu mas não escutou, por alguma razão você decidiu ignorar ou desobedecer… Escutar porém requer mais do que ouvir, requer obediência, requer aceitação. Com respeito ao relacionamento entre Deus e Seu povo isso se torna bem mais pontual. Nesse salmo o problema não era o silêncio de Deus, nem a surdez do Seu povo. Mas a teimosia do coração, o povo de Deus não aceitava a Sua Palavra, decidindo por ignora-la conscientemente. Através desse salmo, vejamos por que devemos escutar o Senhor:

Em primeiro lugar, por gratidão (“Livrei os seus ombros do peso, e suas mãos foram livres dos cestos. Clamaste na angústia, e te livrei; do recôndito do trovão eu te respondi…”). Ele nos libertou da escravidão. Se Deus nos responde quando falamos com Ele, por que nos negar a escuta-Lo? Todos nós em tempos de apertos, dificuldades ou angústias apresentamos a Deus nossas súplicas e Ele foi incrível conosco. Sua resposta veio em forma dos mais maravilhosos livramentos, dos mais poderosos milagres. Aquela enfermidade que sem explicação desapareceu, aquele vício que poderosamente foi eliminado, aquele cônjuge que decidiu voltar pra casa e restaurar a família, aquele livramento que até hoje você não sabe como aconteceu, etc. O mínimo que se espera de nós é que o escutemos por gratidão! Não podemos permitir que em nós se cumpra aquela expressão: “Entra num ouvido e sai no outro”.

Em segundo lugar, por fidelidade (“Ouve, povo meu, quero exortar-te. Ó Israel, se me escutasses! Não haja no meio de ti deus alheio, nem te prostres ante deus estranho. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito”). Só existe uma justificativa para alguém não escutar a Deus, é esse alguém decidir escutar outras vozes. Embora todos sabemos que existe um só Deus, a prática de criar deuses alheios sempre existiu. Criamos deuses interiores que nos dizem o que queremos ouvir. Escutamos a voz do coração, ainda que a Bíblia nos ensine que ele é enganoso e corrupto. Escutamos tantas vozes, mas ignoramos a voz de Deus. Isso se chama infidelidade. Saibamos reconhecer Aquele que realmente nos ama e devotemos nosso amor somente a Ele.

Em terceiro lugar, por prudência (“Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos”). Como é maravilhoso ver Deus no controle das nossas vidas, nos guiando, nos dando direção, confirmando nossos passos… isso só é possível quando decidimos escuta-Lo. A pior coisa que pode nos acontecer é Ele nos entregar a nós mesmos, nos deixando andar na teimosia dos nossos corações e seguir nossos próprios conselhos. Com certeza, ninguém além Dele, sabe o que realmente é melhor para nós. Por tanto, é prudente escutá-Lo.

Em último lugar, por sabedoria (“Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao Senhor se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha”). É questão de inteligência! Quando escutamos a Deus os nossos inimigos se tornam inimigos Dele e de camarote, O assistimos lutando por nós. Ele abate nossos inimigos, deita mão contra os nossos adversários e nos faz vitoriosos para sempre. Ele peleja em favor daqueles que O escutam, lhes reserva o melhor, quem poderia cuidar melhor de nós? Como está escrito: “Se quiserdes e me ouvirdes (escutar), comereis o melhor dessa terra” (Is.1:19). Sendo assim, imagine o que Deus pode fazer na vida daqueles que O escutam. Fica aqui o suspiro Dele para cada um de nós: “Ah! Se meu povo me escutasse…”

Vagner Miranda é pastor da Igreja Halleluyah em Itabira. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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