Após 10 anos da tragédia de Mariana, governo de Minas Gerais avança em acordos

Reunião realizada nesta sexta-feira, 11, focou em discutir itens presentes no Anexo I do Novo Acordo de Reparação

Após 10 anos da tragédia de Mariana, governo de Minas Gerais avança em acordos
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A reunião realizada nesta sexta-feira, 11, teve objetivo de alinhar a execução das ações que foram previstas no Anexo I do Novo Acordo de Reparação. A iniciativa voltou-se especificamente ao município de Mariana e às comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, que foram reassentadas. 

Foto: Seplag-MG / Divulgação

Temas como a conclusão de reassentamento das comunidades e a criação de um Memorial do desastre nos antigos distritos foram debatidos no encontro. Além disso, tópicos como tombamento e a desapropriação de áreas dos antigos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo foram trazidos para o diálogo.

O encontro foi realizado na Casa do Empreendedor, em Mariana. Estiveram presentes na reunião representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), do prefeito de Mariana, Juliano Duarte, juntamente com os outros integrantes do Comitê Estadual de Minas Gerais, que acompanha a execução do acordo – composto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) e a Procuradoria-Geral do Município de Mariana. 

A reunião foi marcada por um ambiente de diálogo, que reafirma o compromisso coletivo com a execução do Anexo 1 do Novo Acordo. O documento prevê medidas de reparação fundamentais para restabelecer a dignidade, a segurança e o bem-estar das comunidades atingidas.

Rompimento da barragem*

O rompimento da barragem ocorreu no dia 5 de novembro de 2015. Cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos – volume suficiente para encher 15,6 mil piscinas olímpicas – escoaram por 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce até encontrar o mar no Espírito Santo.

A tragédia deixou 19 mortos. Os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu foram destruídos pela enxurrada. 

A barragem pertencia à mineradora Samarco, uma joint venture (parceria empresarial) entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton.

*Com Agência Brasil.