Brasileirão 2019: como não aproveitar uma boa rodada

Atlético e Cruzeiro buscaram empates suados em suas partidas, em rodada em que, mais uma vez, marcaram os tropeços dos concorrentes diretos

Brasileirão 2019: como não aproveitar uma boa rodada

Fortaleza 2 X 2 Atlético

Para o Galo, a única diferença da partida de sábado à tarde em relação aos confrontos anteriores, diante de São Paulo e Chapecoense, respectivamente, foi que a equipe somou pontos. O que se viu no Castelão, mais uma vez, foi o padrão Vagner Mancini de qualidade – a falta dele, melhor dizendo.

Num espaço de 14 minutos, o Fortaleza marcou seus dois gols na primeira etapa. Dois gols do zagueiro improvisado lateral Gabriel Dias. Dois gols praticamente idênticos e, por isso, sintomáticos: o Atlético é um time fácil de ser vazado. Achismo? Não. O Alvinegro “ostenta” a infeliz estatística de, em meio a 20 equipes, ser o quarto que mais levou gols na competição.

Mesmo dentro do Z-4, Fluminense e CSA sofreram menos gols do que o Galo. Foto: reprodução/footstats.net

 

 

 

A favor, quem poderia imaginar que dois renegados por grande parte da torcida (com razão) marcariam os gols?

Patric e Fábio Santos trataram de personificar a ironia de uma partida de futebol. Ironia ainda maior o segundo gol atleticano sair quando a equipe jogava em desvantagem numérica, graças à expulsão de Geuvânio antes do primeiro minuto do segundo tempo. 

Patric comemora o belo e primeiro gol do Galo na partida – Foto: Bruno Cantini/Atlético

 

Há quem se aproveite do empate com um a menos e prefira adjetiva-lo como heroico. Prefiro defini-lo como menos pior. Cinco pontos separam o Atlético da zona de rebaixamento. O problema é que o futebol apresentado cada vez mais se aproxima ao de um rebaixado. Há quem, nessas condições, prefira contratar um treinador com participação em cinco rebaixamentos na carreira e ofereça a ele um contrato até o fim de 2019. Prefiro que o contrato seja ainda mais encurtado – pra ontem.

Cruzeiro 1X1 Bahia

Com emoção ou sem emoção? O Cruzeiro parece optar pela primeira opção sempre que tem a chance de abrir vantagem sobre os concorrentes diretos e se afastar ainda mais do Z-4. Pelo que produziu, mesmo errando o último passe e, principalmente, pecando na finalização, a Raposa poderia sair vencedora no primeiro tempo diante do Bahia, que que só queria um contra-ataque encaixado. Queria.

As estratégias das equipes se mantiveram no segundo tempo. E os erros para concluir a gol também. Por isso, principalmente com a expulsão de Orejuela, em pênalti bem marcado, não dá pra afirmar que o 1 a 1 foi totalmente injusto. Injustiça, aliás, foi o segundo amarelo para o colombiano e a não marcação de um pênalti em David. Wagner Reway, por sinal, fez uma péssima arbitragem no Mineirão: confuso, inseguro e, principalmente, sem critério.

A comemoração característica de Sassá, no golaço de empate – Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

 

Para dar igualdade ao placar, Sassá fez o que já não fazia há um bom tempo: não só fazer (um belíssimo) gol, mas também entrar bem no jogo. A entrada de Ezequiel também foi outra boa alteração. Pontos positivos para Abel Braga, que, na mesma medida, igualam seus pontos negativos: as insistências em Fred e Thiago Neves precisam ser até estudadas, de tão inexplicáveis.

A Raposa não perde há oito jogos – três vitórias e cinco empates. Muito para quem está na 16ª colocação na tabela e soma apenas 33 pontos, dois a mais que o Fluminense, primeiro dentro do Z-4. Pouco se olharmos quantos desses cinco empates, com um pouco mais de sorte e competência, poderiam ser vitórias. Por enquanto, pelos sucessivos tropeços dos concorrestes, é suficiente. Mas o ideal, é, sempre, depender de si mesmo. E é aí que o Cruzeiro tem decepcionado.

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Leandro Colombo

Por Leandro Colombo, graduando em Jornalismo, comentarista esportivo da Rádio Itabira AM 770
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