Sonho frustrado: instalação do curso de medicina na Unifei Itabira está longe da realidade

Gestores da Universidade Federal de Itajubá projetavam também a instalação de um Centro de Saúde na instituição

Sonho frustrado: instalação do curso de medicina na Unifei Itabira está longe da realidade

A abertura de um curso de medicina no campus de Itabira da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) é um desejo antigo. Há pelo menos três anos, o conselho universitário da Unifei deliberou um estudo de viabilidade e elaboração do projeto pedagógico do curso de medicina. O projeto foi apresentado à época ao Ministério da Educação e, até então, ficou somente na esfera do planejamento.

O professor Márcio Yasuda, diretor administrativo da Unifei Itabira, cita o engessamento das contas do governo como um entrave à liberação do curso. “O cenário vem contribuindo para que não houvesse avanços na criação de novos cursos”, lamentou, em entrevista recente a DeFato Online.

Muito além de trazer um curso de medicina para Itabira, a Unifei tinha um projeto ousado da instalação de um Centro de Saúde, com várias especialidades e atendimento gratuito à população. “Está muito claro que, na gestão do governo atual, que finda em 2018, essa possibilidade não é ventilada”, observa, por sua vez, o assessor de planejamento e orçamento da Unifei, Bráulio Bueno.

Em nota, o Ministério da Educação disse a DeFato Online que em 2015, ainda na gestão Dilma Rousseff (PT), a pasta concluiu pela inviabilidade do atendimento do pleito da instituição com a justificativa de que o plano de expansão do ensino médico já havia sido definido.

“Cabe ressaltar que não há nenhuma pactuação entre o MEC e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) para oferta de cursos de medicina”, frisou o MEC.

A ideia do curso de medicina na Unifei surgiu em conversas com o governo local em 2013.

Márcio Yasuda cita a importância da Unifei para o desenvolvimento de Itabira e conclama uma união de forças em prol dos projetos da Universidade. “Esperamos nuclear novas possibilidades. Para isso, precisamos de uma boa relação não só com o governo municipal, mas com toda a sociedade. Precisamos de união e busca de objetivos em comum”. 

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