Desafios para Formação Educacional de Surdos é o tema da redação do Enem 2017
A informação foi divulgada pelo Inep no Twitter
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano é Desafios para Formação Educacional de Surdos no Brasil.
A informação foi divulgada há pouco pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em sua conta no Twitter.
Pela primeira vez, o Enem terá videoprovas em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). A prova em Libras é um recurso que facilita a realização do exame para surdos e pessoas com deficiência auditiva que, por terem sido alfabetizados na linguagem dos sinais, têm mais dificuldade para realizar provas escritas.
Na Videoprova Traduzida em Libras, as questões e as opções de respostas são apresentadas em Língua Brasileira de Sinais por meio de um vídeo. O recurso terá o mesmo número, ordem e valor de questões da prova regular, além da garantia de qualidade e normas de segurança máxima de todas as provas do Enem. Só não serão integralmente traduzidas para Libras as questões de Língua Estrangeira Moderna. Nessas questões, somente os trechos originalmente em português serão traduzidos para Libras.
O tema da redação deste ano segue a tendência das últimas edições do Enem, que costuma abordar temas sociais. No ano passado, o tema foi Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil. Violência contra a mulher, publicidade infantil, lei seca e movimento imigratório também foram abordados nos últimos anos.
Hoje (5) é o primeiro dia de prova do exame, e também terá provas de linguagens e ciências humanas. Os candidatos têm cinco horas e 30 minutos para concluir a prova. O exame começou a ser aplicado às 13h30, no horário de Brasília, para cerca de 6,7 milhões de candidatos em todo o país.
Estrutura
O texto da redação do Enem deve ser dissertativo-argumentativo e o candidato deve apresentar uma proposta de solução para o problema proposto, a chamada intervenção. Também deve ser apresentada uma referência textual sobre o tema.
As redações com sete linhas ou menos receberão nota zero. Também serão eliminados candidatos que fugirem totalmente ao tema proposto e os que escreverem impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação.
A proposta de redação do Enem sempre vem acompanhada de textos que podem servir de motivação para que os candidatos elaborem seus próprios textos. No entanto, o estudante não deve se restringir às ideias apresentadas, copiar trechos ou torná-los parte de sua argumentação.
As redações serão avaliadas de acordo com cinco competências: domínio da norma-padrão da língua escrita, compreensão da proposta da redação e aplicação de conceitos de diversas áreas do conhecimento para desenvolver o tema; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação e elaboração de proposta de intervenção ao problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Ontem (4), a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, decidiu manter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos. Apesar disso, a competência cinco, que vale 200 pontos, determina que a redação deve ter uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial.
Diante da decisão, o MEC e o Inep reforçaram aos participantes do Enem 2017 que não haverá anulação automática da redação que violar os direitos humanos, como previa o edital do Enem. “Continuam em vigor os critérios de correção das cinco competências, conforme estabelecido na Cartilha de Participante – Redação no Enem 2017”, diz nota.