Escolas estaduais de Itabira continuam em greve; categoria organiza manifestação em BH
Segundo sindicato, a paralisação atinge entre 80% e 90% das escolas da região
As escolas estaduais de Itabira que aderiram à greve continuam com as atividades suspensas. Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio (Eemza) e Trajano Procópio (Premem) foram algumas das que aderiram à paralisação deflagrada no dia 8 de março, em grande parte de Minas Gerais.
A categoria reivindica ao governo mineiro o cumprimento do acordo do piso salarial e outras questões como parcelamento de salários e 13º salário, ausência de repasses para o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e passivos da carreira.
De acordo com a representante local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Elsir Prado, está havendo adesão de mais instituições de ensino na região e outras estão retomando as atividades escolares.
A sindicalista informou que a categoria em Itabira se mobiliza para comparecer à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, na quinta-feira da semana que vem, dia 4 de abril. A finalidade é tentar sensibilizar o governo mineiro a cumprir o acordo salarial, além de outras reivindicações da classe. “Esperamos uma resposta do governador, porque o que o governador Fernando Pimentel propôs não nos satisfaz, e ele não voltou a propor mais nada para a categoria. Então, nós aguardamos até o dia 4”, argumentou Elsir.
Conforme explicou, está paralisada entre 80% e 90% da região, que abrange de Itabira até a cidade de Santa Maria do Suaçuí.
A Secretaria Estadual de Educação (SES), por meio de nota divulgada em seu site, afirmou que o acordo assinado em 2015 junto à categoria não foi cumprido na totalidade “em virtude da precária situação financeira do Estado e das restrições legais”. O governo propôs ao Sind-UTE pagar, a partir do mês de abril, o saldo da correção do piso nacional de 2016, em oito parcelas e retomada das nomeações de novos servidores para a Educação até o total de 60 mil. Ainda não houve consenso.
Segundo a SES, atualmente, a remuneração inicial do professor, para uma carga horária semanal de trabalho de 24 horas, é de R$ 2.135,64. A pasta cita que esse vencimento “teve um reajuste inédito de 46,75% desde 2015”. Porém, o piso nacional é de R$ 2.455. No acordo de 2015 existia ainda o compromisso de atualizações anuais no piso.