Noite artística e literária finaliza projeto que une aprendizado e criatividade na FIDE

A  Fundação Itabirana Difusora do Ensino (FIDE) e a Escola de Formação Gerencial (EFG) realizaram na última sexta-feira, 26 de outubro, o Luau das Artes. A iniciativa, construída nas disciplinas de História da Arte e Literatura, resultou em uma exposição com obras realizadas ao longo de cinco meses  por alunos do Ensino Médio sobre as […]

Noite artística e literária finaliza projeto que une aprendizado e criatividade na FIDE
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A  Fundação Itabirana Difusora do Ensino (FIDE) e a Escola de Formação Gerencial (EFG) realizaram na última sexta-feira, 26 de outubro, o Luau das Artes. A iniciativa, construída nas disciplinas de História da Arte e Literatura, resultou em uma exposição com obras realizadas ao longo de cinco meses  por alunos do Ensino Médio sobre as “Vanguardas Artísticas Europeias”. O luau aconteceu na Secretaria de Meio Ambiente e contou com a participação de pais, professores e alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Neste ano, em especial, os alunos também comemoraram, em suas produções, os 90 anos do poema drummondiano “No meio do caminho”, com releituras do poema. “É muito fácil dar aulas paras os meninos, porque na verdade eles que nos ensinam. Nos divertimos, aprendemos e esse é o resultado”, comentou o professor de literatura Maxsandro Ferreira. Os novos poetas, de acordo com o professor, também estão participando do Concurso Drummond com as produções do jornal. O intuito é perpetuar a memória do poeta itabirano.

Apesar do conteúdo ser denso e extenso, a professora de artes Sandra Beatriz Duarte afirma que a didática de trabalhar o teórico com a prática faz com que os alunos aprendam melhor. Além disso, a profissional reforça o fato de que, ao terem realizado as tarefas em grupos, o processo de compreensão do trabalho em equipe se torna ainda maior. “ Além de trabalhar contexto artístico ao longo dos anos, o projeto também tem muito foco no Enem. As vanguardas europeias é um dos assuntos principais e mais complexos da prova”, diz.

Com orgulho e satisfação, a noite cultural foi uma oportunidade de estimular o senso crítico e o diálogo, aptidões interessantes para o campo das linguagens. Os alunos explicaram o os detalhes contextualizados dos quadros pintados e declamaram poemas autorais. Para João Lucas Lage, 16 anos,  pintar um quadro inicialmente foi difícil por ter dificuldades em trabalhar a coordenação motora, contudo, depois do desafio, com a ajuda da professora, ficou feliz com o resultado.“Além de você se interessar mais pelo assunto, você experimenta na prática. Funcionaria bem com outras disciplinas também, como física e química por meio de experimentos”, conta.

Já a aluna Flávia Fernandes,16 anos, reforçou a gratidão por ter realizado os trabalhos e contou como conseguiu apreender conceitos do dadaísmo, vanguarda escolhida pelo seu grupo. “Foi bastante interessante trabalhar em grupo porque tivemos ideias individuais e a combinação delas mostrou o caos que era o dadaísmo. Pensamos em crítica, caótico, o dadaísmo é assim”, explica. A adolescente aproveitou a oportunidade dada pela disciplina para relembrar a importância da obra para além da tela. “O trabalho de artes foi único porque conta a história do nosso país. O mundo tem que ser mais globalizado, mais respeitoso, ficar em paz e ainda mais unido. Valorizar a pátria também é importante, a gente tem que lutar porque muito dos nossos antepassados morreram por ela e nós não temos o mesmo apreço”, defendeu.

A superintendente da FIDE, Marli Aurea, afirma que o Luau das Artes segue os parâmetros de ensino da instituição. “A proposta da escola é relacionar o conteúdo com a prática, não é simplesmente abrir um livro, eles precisam aplicar o conteúdo. O fato de realizar o evento fora da escola expõe trabalhos muito bons para a comunidade, mostrando novos talentos e a aplicabilidade do conteúdo na vida”, comenta. Outro ponto intensificado por Marli é o fato de a escola dar espaço para a criatividade aflorada na fase da adolescência. “Nós damos espaço para que eles se projetem.

Atividades como essa possuem um processo de construção muito significativo, reforçam a importância de ouvir o outro, além de trabalhar a proximidade do aluno com o professor”, cita. Agregar ao Luau das Artes os alunos do Fundamental II (6° a 9° ano) e o Ensino Médio reflete o estreitamento entre os segmentos e ratifica a importância de dar continuidade e sedimentação aos conteúdos. O Luau das Artes terminou com o show de talentos organizado e apresentado pelos alunos.

Foco no ENEM.

Trabalhar as linguagens de forma lúdica e dinâmica tem feito a diferença para os alunos do Ensino Médio da FIDE na hora do Enem. Segundo o professor Maxsandro, o porte cognitivo dos alunos é ampliado quando se trabalha a vivência drummondiana, não só na literatura mas também em outras áreas do conhecimento. “Os alunos usam a referência de Drummond não só na literatura, mas na história e principalmente na redação. Isso faz com que eles se destaquem no vestibular por entenderem as fases do poema e trabalhar a interdisciplinaridade”, explica.

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