Estudantes, professores e sindicalistas param o Centro de Itabira em protesto contra bloqueios na educação
A região central de Itabira viveu uma manhã diferente nesta quarta-feira, 15 de maio. Centenas de manifestantes percorreram a avenida João Pinheiro, via mais movimentada da cidade, em protesto contra os bloqueios na Educação promovidos pelo governo Bolsonaro. O ato reuniu professores, servidores públicos, sindicalistas e foi encorpado, principalmente, por estudantes do campus local da […]
A região central de Itabira viveu uma manhã diferente nesta quarta-feira, 15 de maio. Centenas de manifestantes percorreram a avenida João Pinheiro, via mais movimentada da cidade, em protesto contra os bloqueios na Educação promovidos pelo governo Bolsonaro. O ato reuniu professores, servidores públicos, sindicalistas e foi encorpado, principalmente, por estudantes do campus local da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
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O ato partiu do Terminal Rodoviário Genaro Mafra e percorreu toda a João Pinheiro até a praça Acrísio Alvarenga. Durante o percurso, diversos manifestantes usaram o microfone e fizeram críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Além do contingenciamento na educação, a reforma da Previdência Social foi outro tema muito citado.
O bloqueio total de despesas do Ministério da Educação anunciado até agora é de R$ 7,4 bilhões. Nas universidades federais, chega a R$ 2 bilhões, o que representa 30% da verba discricionária (que não inclui salários, por exemplo). Na Unifei, o bloqueio chega a R$ 10,8 milhões, valores que incluem os campi de Itabira e Itajubá.
“Vendo todas essas pessoas do meu lado eu percebo a importância que a educação tem. Como está escrito em um dos cartazes, o conhecimento é poder, e o poder é o poder popular. Mexer na educação é uma coisa cruel com toda parcela de jovens do Brasil que dão valor ao lugar que estão”, disse a estudante de Engenharia Elétrica, Luiza Cardoso, estudante da Unifei Itabira desde 2017.
“O movimento é contra o desmonte que este governo tem feito na educação deste país. Também é contra a reforma da Previdência, que vai impactar na vida dos trabalhadores da educação e nas dos demais trabalhadores do país. É por isso que nós, da educação, decidimos, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, fazer esta mobilização. Nós não vamos permitir este desmonte”, afirmou a professora Vanderlea de Freitas, coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) em Itabira. Ela citou que o movimento nesta quarta é “um ensaio” para a greve geral que está sendo convocada para o dia 14 de junho.
MEC
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o bloqueio preventivo realizado nos últimos dias atingiu 3,4% do orçamento total das universidades federais. O ministério justifica que o contingenciamento foi operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos, em decorrência da restrição orçamentária imposta a toda Administração Pública Federal por meio do Decreto nº 9.741, de 28 de março de 2019, e da Portaria nº 144, de 2 de maio de 2019.
Ainda de acordo com o Governo Federal, “o bloqueio orçamentário nas Universidades não incluiu as despesas para pagamento de salários de professores, outros servidores, inativos e pensionistas, benefícios, assistência estudantil, emendas parlamentares impositivas e receitas próprias”.
Confira como foi o ato no Centro de Itabira:
Veja mais fotos da manifestação:
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