Projeto quer revitalizar 14 escolas estaduais de Itabira
A proposta busca discutir o eixo educacional das escolas além de aprimorar a estrutura física das instituições
O “Projeto Escola UBUNTU: sensibilizar e conscientizar para transformar” pretende revitalizar 14 escolas estaduais de Itabira até 2021. A iniciativa surgiu a partir da parceria entre o Ministério Público, Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Itabira, Tribunal de Justiça, além da Superintendência Regional de Ensino Nova, com o objetivo de contribuir não só para melhorias na infraestrutura das escolas como também na promoção de um novo modelo de gestão baseado no eixo educacional.
A iniciativa foi apresentada nesta tarde de segunda-feira, 20 de maio, no Fórum Desembargador Drummond. Na oportunidade, a professora doutora do curso de engenharia ambiental, Giselle Queiroz, conta que mais de 30 alunos estão envolvidos por meio das disciplinas “Fundamentos da Extensão Universitária” e “Projeto de Extensão”. De acordo com a docente, colocar em prática as ações do UBUNTU possibilita exercer de forma eficaz os três pilares da universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão, em que o último representa atender às demandas da sociedade.
- O projeto conta que mais de 30 alunos envolvidos por meio de disciplinas
Além da universidade e do Ministério Público, a proposta tem como parceiros o Instituto Tecendo Itabira (ITI) e Comunidade Cardume. Ambos pretendem promover estratégias de engajamento para tornar alunos e comunidade escolar protagonistas das transformações dos espaços, tanto físicos quanto pedagógicos. Como ação inicial, a Equipe de Robótica Drummonsters da Unifei está sobrevoando as escolas com um drone para apresentar imagens do antes e depois da revitalização como resultado do projeto.
Origem
Ubuntu é uma palavra de uma tribo africana que significa “Sou quem sou, porque somos todos nós”. Este, inclusive, é o slogan do projeto, que acontece em outros países e é orientado por dois fundamentos. O primeiro é trabalhar o resgate da valorização e pertencimento quanto ambiente e comunidade escolar e entorno, tendo o aluno como protagonista deste processo. Já o segundo é incentivar a prospecção e concretização de parcerias e voluntariado em fluxo contínuo com diversos setores da sociedade para contribuir no processo transformação social e sustentabilidade do projeto.
- A professora Rosemeire de Oliveira é diretora da escola modelo do projeto
Seguindo essas orientações, a diretora da Superintendência Regional de Ensino Nova, Dra. Jânua Galvão, afirmou que ao transformar a escola consequentemente a autoestima da comunidade é elevada. “A comunidade participando, é muito importante para as pessoas se sentirem responsáveis e pertencentes”, pontua. A escola modelo definida através da realização de um estudo de caso do projeto é a Escola Estadual José Ricardo Martins Fonseca. A instituição foi escolhida como inspiração para as mudanças a serem realizadas nas demais escolas da rede estadual.
Idealização
A ideia inicial para promover a revitalização partiu do incômodo apresentado pela juíza da 2ª Vara Criminal de Itabira, Cibele Mourão Barroso, e pelo promotor de Justiça da Comarca de Itabira, Dr. Renato Ferreira, durante o período das eleições. Ao visitar as escolas como zonas eleitorais, ambos perceberam que as estruturas estavam depredados e descuidadas, tornando o ambiente excludente para os alunos.
A aluna da Unifei, Júlia Simião, representante no evento da ONG Engenheiros sem Fronteiras, composta por alunos das 9 engenharias da Unifei Campus Itabira,tem histórico de atuação junto às escolas em diversas áreas e ratificou que conversará com os demais integrantes e coordenadora, professora Eliane Vieira para alinhar as ações conjuntas.
As instituições coordenadoras do Projeto (TJ, MP, Unifei e SRE) já contam com a aproximação de novos parceiros para doar materiais elétricos, hidráulicos e área de construção civil como um todo, necessários para os revitalização das escolas, bem como mão de obra especializada para contribuir com a execução das ações do eixo infraestrutural e educacional do Projeto. Segundo a professora Giselle Queiróz, a expectativa de envolver os parceiros empresariais de Itabira e região, especialmente os que já estão atuando com a Unifei em diferentes fases de conexão com o Programa em Rede_P,D&I (Belmont, Fermag, Vale Net, Vale S.A.) é grande.
Parcerias
O representante da Faculdade Pitágoras em Itabira, Eduardo Brandão, disponibilizou a instituição se ensino superior como parceiro na avaliação e elaboração dos projetos técnicos na área civil e elétrica das escolas estaduais, bem como outras atividades educativas envolvendo os alunos da Faculdade em diversas áreas. A ASEAG- Associação dos Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos e Geólogos de Itabira, assim como a Faculdade Pitágoras também já se dispôs a contribuir com o Projeto Ubuntu.