Educação financeira: um assunto também para jovens
Quanto mais cedo uma pessoa começa a poupar, maior é a chance de um futuro sem grandes turbulências financeiras
A juventude é aquela fase entre o desprendimento da adolescência e as responsabilidades da vida adulta. É o melhor momento para se pensar no futuro, mas muita gente acaba negligenciando essa etapa, especialmente no que diz respeito ao dinheiro no bolso. Por isso mesmo, é importante que os jovens se atentem para a educação financeira. A grana que não é economizada hoje, pode fazer falta amanhã.
É preciso ter em mente que quanto mais cedo uma pessoa aprende a lidar com as finanças, maior é a probabilidade de um futuro sem grandes turbulências. E isso vale tanto para os tempos mais longínquos quanto para o amanhã mais imediato. Quem não quer envelhecer sem dívidas, com conforto financeiro e ter a segurança de uma boa poupança? Para seguir neste caminho da educação financeira, porém, é fundamental a adoção de alguns hábitos e atenção para certos procedimentos. A seguir, confira dicas valiosas para se dar bem com o dinheiro:
1 – Se conheça!
Antes do primeiro passo, faça uma autorreflexão. Quanto você ganha? Quanto do seu salário vai para despesas? O supérfluo consome muito do seu dinheiro? Essas e outras respostas vão te ajudar a se conhecer melhor e desenhar o seu perfil financeiro. A partir daí, é mais fácil tomar as decisões.
2 – Tenha metas!
Como medir o sucesso de uma empreitada se não tem metas traçadas? Mais do que decidir poupar, é fundamental ter bem planejado o que será feito desse dinheiro. Toda a ação fica mais fácil – e mais prazerosa – quando há um objetivo a ser alcançado.
Carro, casa, viagem, o casamento dos sonhos… são só alguns exemplos de metas que podem ser planejadas. Estabeleça um prazo, coloque no papel e veja quanto é necessário poupar por mês para conquistar o objetivo. Mas, atenção: seja realista! Não caia na armadilha de se frustrar por um planejamento mal feito e impossível de ser alcançado
3 – Poupe!
A poupança é o meio mais prático e seguro de guardar o dinheiro. E também o primeiro passo dentro da educação financeira. Estabeleça o hábito de poupar e priorize essa ação. Logo que receber o salário, separe um percentual de acordo com a meta que estabeleceu. Não espere o fim do mês para ver o que (e se!) sobrou. Lembre-se que o hábito deve partir do esforço e não de uma obra do acaso.
4 – Saia do vermelho!
Essa dica é uma matemática básica, mas nem tão simples de se colocar em prática: para ter dinheiro sobrando é preciso gastar menos do que ganha. Dados de entidades ligadas ao comércio e ao crédito apontam que mais de 60% dos inadimplentes são jovens com menos de 35 anos. Isso acontece basicamente porque as despesas são mais altas que as receitas.
Uma boa orientação é controlar com rigor a destinação do salário. Especialistas sugerem a regra do 50-15-35. Vejamos:
– Reserve 50% do seu dinheiro mensal para gastos essenciais, aqueles necessários para você se manter no dia a dia;
– Separe 15% para prioridades financeiras, como a quitação de dívidas, caso esteja endividado; poupança ou construção de uma reserva de emergência;
→ Os demais 35% vão para manutenção do seu estilo de vida. São aqueles gastos considerados supérfluos, que não são essenciais e podem ser cortados em fases de crise.
5 – Feche um pouquinho a mão
Ninguém aqui quer que você se torne um “mão de vaca”, mas segurar um pouquinho aquela tentação de gastar dinheiro não faz mal algum. Comprar por impulso é um hábito ruim e deve ser trabalhado se quiser ter sucesso na missão de ter uma boa reserva financeira.
Nesse contexto, mesmo aqueles 35% que sugerimos ser dedicados à manutenção do seu estilo de vida deve ser gastado com inteligência. Não é uma tarefa fácil, mas ações básicas podem gerar resultados bem sensíveis. Faça o teste, por exemplo, no supermercado. Experimente riscar da sua lista aquele item supérfluo que você sabe que não mudará sua via se não comprar. Leve isso para outras áreas e vai perceber que seu dinheiro vai começar a sobrar.
6 – Visualize tudo
Mesmo as tarefas mais complicadas ficam mais próximas de serem alcançadas quando a gente enxerga o resultado acontecer. Por isso, ao planejar as suas finanças, coloque tudo, literalmente, ao alcance de suas mãos e de seus olhos. Vale fazer planilhas, anotar, usar e abusar de aplicativos de controle de finanças. Quando você notar o resultado acontecendo, vai se empolgar e levar à frente o novo hábito. Capitou todas as nossas dicas? Então, mãos à obra. Seja um jovem de cabeça aberta e comece agora mesmo a se educar financeiramente. Amanhã pode ser tarde demais.