Carlos Calazans revisita a maior greve da história de Itabira

Calazans atuou intensamente no sindicalismo itabirano. Foi consultor dos trabalhadores da antiga CVRD e assessor especial do Sindicato Metabase

Carlos Calazans revisita a maior greve da história de Itabira
Foto: Reprodução
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Carlos Alberto Menezes de Calazans participou dos principais movimentos sociais no Brasil nos últimos quarenta anos. Ele tem uma extensa trajetória no sindicalismo nacional. A sua carreira começou precocemente. Em plena ditadura militar, foi eleito presidente do Sindicato dos Marceneiros de Belo Horizonte com apenas 16 anos de idade.

A partir daí, desenvolveu uma intensa e marcante caminhada. E, consequentemente, entrou para a política partidária. Um fato especialmente histórico: é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais. Durante dez anos, ocupou o cargo de presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG). Mais tarde, foi secretário adjunto da Secretaria de Direito da Cidadania da prefeitura da capital mineira no governo Célio de Castro. Exerceu ainda a função de delegado regional do trabalho no primeiro governo Lula e presidiu a Superintendência Regional do Incra na administração Dilma Rousseff.

Calazans atuou intensamente no sindicalismo itabirano. Foi consultor dos trabalhadores da antiga Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) e assessor especial do Sindicato Metabase na gestão Milton Bueno. O dirigente sindical organizou o maior evento contra a privatização da CVRD na cidade. O ato contou com a presença de Lula, Leonel Brizola, Aureliano Chaves e outras personagens do cenário político brasileiro. O sindicalista também se destacou como um dos coordenadores da mais icônica mobilização de trabalhadores da história de Itabira: a greve de 1989.

Carlos Calazans tem especialização em Direito Internacional do Trabalho e, atualmente, é superintendente do Ministério do Trabalho e Empresa de Minas Gerais.

O ex-presidente da CUT concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Sala de Visitas da TV DeFato. Na oportunidade, reviveu a sua trajetória no movimento sindical, detalhou o processo de privatização da Vale e enumerou importantes detalhes históricos da greve de 1989. E o mais surrealista. A sua atuação na paralisação dos trabalhadores da mineradora foi rejeitada por parte da sociedade itabirana. A Câmara de Vereadores, por exemplo, votou uma moção de repúdio ao líder trabalhista. Carlos Calazans foi informalmente convidado a deixar a terra de Drummond pelo comando da Polícia Militar. Confira o depoimento completo no vídeo Sala de Visitas: