Caso Guilherme Gabriel: família cobra justiça após dois meses da morte do menino atacado por cães em Itabira
Parentes do garoto também querem o encaminhamento ao Legislativo de um projeto de lei com regras mais duras para a criação de cães de guarda no município
Dois meses após a morte trágica de Guilherme Gabriel Couto Silva, de apenas 12 anos, atacado por dois cães da raça rottweiler, a dor e a indignação da família ainda são profundas. Na última segunda-feira (12), durante a reunião das comissões da Câmara Municipal de Itabira, parentes do garoto cobraram justiça e ações do poder público.
Pâmela Karol dos Santos, tia do menino, fez um apelo emocionado aos vereadores. Segundo ela, a família continua sofrendo com a perda irreparável e exige que os responsáveis pelo ataque sejam punidos. Além disso, pede que a Prefeitura de Itabira encaminhe ao Legislativo, com urgência, o projeto de lei para endurecer as regras para a criação de cães de guarda.
“Nós da família e comunidade precisamos de respostas e ações concretas para proteger nossas crianças. Dois meses se passaram desde aquele dia em que a vida de Guilherme foi brutalmente interrompida por um ataque daqueles cães. Meu sobrinho, um menino bom e educado, com sonhos e ambições, teve sua vida interrompida de forma trágica e injusta”, afirmou Pâmela Karol.
Ela contou que Guilherme sonhava em ser jogador de futebol e que sua alegria foi silenciada pela irresponsabilidade de terceiros. “Hoje, nossa família sofre com a saudade e a dor da perda, mas também com a revolta por não terem sido tomadas as medidas necessárias para evitar essa tragédia. Queremos justiça pela vida de Guilherme. Exigimos que os responsáveis sejam responsabilizados pela sua negligência”, destacou.
A família também cobrou o envio imediato do projeto de lei prometido pela Prefeitura de Itabira com regras mais rígidas para a criação de cães de guarda no município. Segundo Pâmela Karol, a medida é essencial para evitar novas tragédias. “A gente gostaria de exigir que seja cumprida a promessa e encaminhe um projeto de lei para endurecer a lei que já existe. É inaceitável que, após a tragédia que tirou a vida do meu sobrinho, nada tenha sido feito para evitar que outra família passe pelo mesmo sofrimento”, disse. “Cumpramos a lei e endureçamos as regras para garantir a segurança e o bem-estar de todos”, completou.
Relembre o caso
O ataque que vitimou Guilherme Gabriel ocorreu no dia 12 de março, no bairro Santa Marta, em Itabira. O garoto jogava bola com seus amigos na rua Nossa Senhora Aparecida quando foi surpreendido por dois cães da raça rottweilers, que o atacaram violentamente.
Após ser socorrido em Itabira com ferimentos graves, Guilherme foi transferido para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Depois de quatro dias de luta, Guilherme não resistiu e morreu em 16 de fevereiro. Sua morte gerou comoção na cidade, onde foi prestada uma última homenagem com grande presença da comunidade, familiares e amigos. A despedida foi marcada por dor e revolta.
Desde então, parentes e moradores pedem justiça, responsabilização dos donos dos animais e ações efetivas para que nenhuma outra criança sofra o mesmo destino. “Lutaremos para que sua memória não seja esquecida. Justiça para Guilherme. Justiça para nossa família”, concluiu Pâmela Karol.
Confira o depoimento da Pâmela Karol na íntegra:
Ver essa foto no Instagram
+ Criança é atacada por dois rottweilers em Itabira
+ Criança atacada por rottweilers em Itabira é transferida para Belo Horizonte