Comerciantes itabiranos reforçam cuidados na onda vermelha

Barreiras e anúncios, muitos anúncios, representam a nova realidade de Itabira. A cidade, que no último sábado retornou oficialmente à onda vermelha, optou por dar continuidade aos trabalhos comerciais. E para não correrem o risco de fechar, muitos estabelecimentos reforçaram os cuidados.

O funcionamento do comércio atacadista e varejista, bem como de bares e restaurantes, em Itabira, poderá permanecer aberto,  desde que regras de controle mais rígidas sejam seguidas pelos estabelecimentos.

Cientes da situação, comerciantes, lojistas e pessoas que atuam no comércio da cidade andam mais preocupados.  Segundo a auxiliar de loja, Barbara Amorim, os cuidados no estabelecimento onde ela trabalha triplicaram,

“Nós já tínhamos várias  regras internas, mas isso se intensificou com a atual situação. Além do distanciamento social, uso de máscaras e álcool e controle de pessoas dentro da loja, estamos procurando dar outras alternativas aos nossos clientes. Por exemplo, nas redes sociais, às vezes o cliente prefere receber em casa, então nós levamos até ele”, explicou Bárbara. 

A vendedora Marta dos Santos, também comentou sobre algumas medidas que foram tomadas em seu local de trabalho. “A primeira coisa que fizemos foi fechar a entrada da loja com um balcão, pois como ela é menor, não dá pra receber o cliente aqui dentro. Além disso, o balcão é higienizado o tempo todo, pois às vezes um cliente debruça sobre ele e isso pode contribuir com o contágio”, contou. 

 

Bom-senso em falta

Apesar do cuidado por parte dos comerciantes, alguns consumidores parecem não ter noção da gravidade. Ainda de acordo com Marta, alguns clientes discordam das regras. 

“Hoje mesmo eu enfrentei um episódio assim, o cliente veio e estava sem máscara, então eu não atendi e nem me aproximei do balcão, enquanto a pessoa não colocou a proteção dela. Mas já teve casos em que a pessoa desistiu de comprar, porque chamamos atenção”, relatou.

Quem também ponderou a situação, foi a comerciante Elizabeth Rebouças. Segundo ela, nem todas as pessoas estão seguindo os protocolos necessários e que muitas vezes, até destratam os funcionários, quando relatam a máscara. 

“Eu sinto que muitas pessoas ainda não entenderam a gravidade. Se algum cliente chega à loja sem máscara, nós sempre cobramos o uso do acessório. O problema é que na maioria das vezes o consumidor discorda e até nos trata mal”, falou.

 

Boletim epidemiológico

De acordo com o boletim, emitido pela Secretaria de Saúde neste segunda, o município contabilizava 92 novos casos de casos confirmados de Covid-19, em 24 horas, somando um total 4669 casos confirmados. Desses, 4.081 são considerados curados. Ainda segundo o boletim, 528 pessoas cumprem o isolamento domiciliar e 27 estão hospitalizadas.

Em tempo, 15 pessoas consideradas casos suspeitos estão  hospitalizadas e um óbito está em investigação.

Minas Consciente

O programa é destinado à flexibilização das medidas de isolamento social de forma responsável em cada município, permitindo assim a retomada parcial da economia e observando o impacto no sistema de saúde.

De acordo com os dados fornecidos pela prefeitura, o grau de risco do município subiu no último monitoramento de contágio da Covid-19 e atingiu 20 pontos (vai de 0 a 32), sendo enquadrado na onda vermelha. O programa indica que apenas os serviços essenciais poderão funcionar nessa etapa do Minas Consciente, porém os municípios tem autonomia para definir o que poderá funcionar.