Deputada realiza Audiência Pública em Conceição do Mato Dentro sobre impactos da mineração

A reunião será às 18 horas, na Câmara Municipal da cidade (Av. Juscelino Kubitscheck, 380)

Deputada realiza Audiência Pública em Conceição do Mato Dentro sobre impactos da mineração
Foto: Reprodução/OTempo/Youtube

A deputada estadual Bella Gonçalves realiza nesta segunda-feira (07/04) uma Audiência Pública em Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, para debater os impactos e os danos socioambientais do projeto minerário Minas-Rio, da Anglo American.

A reunião será às 18 horas, na Câmara Municipal da cidade (Av. Juscelino Kubitscheck, 380). Promotores de Justiça da região já confirmaram presença, assim como representantes de várias comunidades atingidas pela mineração.

Entenda o caso

As operações do Sistema Minas-Rio foram iniciadas em 2014. O complexo tem o maior mineroduto do mundo, com quase 530 quilômetros de extensão, que transporta polpa de minério de ferro até o Porto de Açu, no Rio de Janeiro. A rede atravessa 32 municípios mineiros e fluminenses.

Recentemente, comunidades atingidas pelo empreendimento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas firmaram acordo com a mineradora, de aproximadamente R$ 900 milhões, com mediação do Ministério Público. Os recursos se destinam ao reassentamento dessas comunidades, que estão na Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem de rejeitos.

Informações divulgadas pela imprensa dão conta, porém, de que alguns núcleos familiares identificados como atingidos por assessoria técnica independente ficaram de fora. Além disso, os moradores beneficiados no acordo estariam sendo pressionados pela Anglo American a acelerar o processo de reassentamento.

O reassentamento total seria, de acordo com essas notícias, condição determinada pela Justiça para liberar obras de alteamento da barragem de rejeitos. Segundo denúncias que chegaram ao gabinete da deputada, esse alteamento está sendo conduzidos sem transparência e a mineradora quer assentar apenas famílias que estão na chamada mancha de inundação. Há casos, porém, em que esse critério divide a comunidade, comprometendo o acesso a serviços públicos e os laços familiares e de amizade.

Além disso, comunidades que hoje já sofrem impactos do projeto, como poluição do ar e do lençol freático, barulho, tráfego de caminhões e sobrevoo de drones, passariam a estar na ZAS da barragem após seu alteamento.

*Fonte: Assessoria parlamentar equipe de comunicação da deputada Bella Gonçalves.