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Em comunicado oficial, Saae informa que água da ETA Pureza não oferece riscos à saúde

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Foto: Divulgação/Saae Itabira

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira divulgou, ainda na noite de domingo (12), um release à imprensa com o resultado da análise laboratorial feita com amostras colhidas na Estação de Tratamento de Água (ETA) Pureza, que foi contaminada com óleo no último final de semana, prejudicando o abastecimento em mais de 50 bairros. A autarquia garantiu que a água consumida pela população não oferece riscos à saúde” e assegurou que “ainda que o resultado indique que não há presença de microrganismos na água, as investigações das causas da contaminação do manancial Pureza terão continuidade nos próximos dias. Bem como o monitoramento constante da qualidade da água”.

“Os resultados das análises microbiológicas realizadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itabira indicam a ausência dos microrganismos nas amostras coletadas nos pontos de rede, reservatórios e na Estação de Tratamento de Água Pureza. Isso quer dizer que, embora tenha havido a contaminação, a água consumida pela população não oferece riscos à saúde”, informa a autarquia municipal.

Ainda conforme o release emitido pelo Saae, os resultados da análise laboratorial foram liberados na noite de domingo, após 24 horas de incubação. As coletas foram realizadas por servidores do Laboratório Central da autarquia em pontos estratégicos para o cumprimento do Plano de Amostragem exigido na Portaria GM/MS n. 888/21.

“O Saae possui um rigoroso controle de qualidade da água distribuída. Ao primeiro sinal de que havia um problema, iniciamos uma força tarefa para  investigar as causas e consequências da contaminação do manancial Pureza. Acionamos também os órgãos competentes e fizemos as análises conforme as determinações do Ministério da Saúde. O objetivo dessas análises é verificar e atender os padrões físico-químicos e biológicos estabelecidos como indicadores de potabilidade da água”, afirma a presidente do Saae, Karina Rocha Lobo.

Entenda

Segundo o Saae de Itabira, entre a noite de sexta-feira (10) e a manhã de sábado (11), houve um descarte irregular na rede pluvial na região do distrito industrial do município, contaminando o sistema de abastecimento da ETA Pureza, que é responsável por abastecer cerca de 60% dos bairros itabiranos.

Com isso, a autarquia suspendeu a captação na estação, interrompendo a distribuição de água. A seguir, foi iniciada uma inspeção técnica das redes e coleta da água em diversos locais. Além disso, foram realizadas descargas monitoradas para liberar água para a superfície. Para isso, a autarquia abriu registros em pontos específicos da rede de distribuição de água.

O Saae também informou que providenciou a limpeza dos reservatórios da ETA Pureza até que a água chegasse aos parâmetros estabelecidos pela legislação das diretrizes para o saneamento básico, o que aconteceu na noite de domingo. Cerca de 15 servidores foram envolvidos nesta força tarefa.

Porém, durante todo esse período, moradores de diversos bairros da cidade ficaram impossibilitados de consumirem água, já que o abastecimento estava interrompido e os reservatórios das residências continham a água com mau cheiro e coloração escura. Diante do desabastecimento e sem informações por parte do poder público, muitos itabiranos recorreram aos supermercados e distribuidoras de bebidas para comprar água mineral — esvaziando as prateleiras e estoques de muitos estabelecimentos.

Com o incidente, moradores dos bairros afetados cobram do Saae ressarcimento pelos prejuízos e transtornos causados no período.

Investigação

Na tarde de domingo servidores do Saae, fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e da Polícia Militar de Meio Ambiente estiveram em campo investigando as causas da contaminação do manancial Pureza. As investigações serão rigorosas, como afirma o sargento Adão, da Polícia Militar de Meio Ambiente.

“Estivemos em cerca de dez empresas, fizemos captações em alguns pontos específicos e amanhã a gente vai continuar os levantamentos necessários para tentar chegar ao culpado, identificar se foi um acidente ou crime ambiental, para que quem tenha causado esse complicador para o abastecimento público seja levado à justiça, autuado, multado e responsabilizado por essa situação tão grave”, afirmou o sargento Adão.

A Vigilância Sanitária do município e o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), órgão do Governo Estadual, também foram informados da situação.

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