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Emiliano Queiroz, famoso pelo papel de Dirceu Borboleta em “O Bem-Amado”, morre aos 88 anos

Emiliano Queiroz, famoso pelo papel de Dirceu Borboleta em "O Bem-Amado", morre aos 88 anos

Foto: Divulgação/TV Globo

O ator Emiliano Queiroz morreu nesta sexta-feira (4), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Ele atuou em mais de 40 novelas e foi mais conhecido pelo papel de Dirceu Borboleta em “O Bem-Amado” (1973), adaptação do clássico de Dias Gomes.

Queiroz passou dez dias internado na Clínica São Vicente da Gávea, na zona sul do Rio, por ter colocado três stents no coração. Na quinta-feira (3), ele teve alta médica e foi para casa.

De acordo com o amigo e produtor teatral Eduardo Barata, às 4h30 desta sexta-feira, o artista acordou, tomou banho e começou a passar mal. Queiroz chegou a ser levado de volta para o hospital, mas teve uma parada cardíaca e morreu horas depois.

O “Bem-Amado” entrou para a história como a primeira novela em cores da televisão brasileira. Dirceu Borboleta, fiel secretário do protagonista, o prefeito Odorico Paraguaçu, nasceu em cena, conforme Queiroz contou ao Estadão. “Em uma cena em que Odorico me acusava, apareceu uma gagueira, minha voz engasgou. Surgiu ali o jeito do Dirceu. Ele é fruto da repressão que sofre de Odorico e da mãe, que havia feito uma promessa para ele continuar virgem a vida toda”.

Queiroz também esteve em novelas como “Senhora do Destino” (2004), “Alma Gêmea” (2005), “Espelho da Vida” (2018) e “Éramos Seis” (2020), além de minisséries de sucesso, entre elas “Hilda Furacão” (1998) e “Um Só Coração” (2004). Seu último trabalho na TV foi uma participação na novela “Além da Ilusão” (2022).

No cinema, estreou em “Conceição”, de 1959, e integrou mais de 30 longas ao longa da carreira. Entre eles, “Independência ou Morte” (1971), “Difícil Vida Fácil” (1972), “A Extorsão” (1975), “Vampiro de Copacabana” (1976), “O Grande Mentecapto” (1989), “Xuxa e os Duendes” (2001) e “Madame Satã” (2002).

No teatro, um de seus papeis mais marcantes foi o de Tonho, de “Dois Perdidos numa Noite Suja”, peça de Plínio Marco (ele também viria a interpretar o personagem no cinema). Do dramaturgo, ele também viveu o “Veludo de Navalha na Carne”. Além disso, estrelou espetáculos como “Ópera do Malandro” (de Chico Buarque), “Lampião”, “Lisbela e o Prisioneiro” e “Viagem ao Centro da Terra”.

Natural de Aracati, no Ceará, Queiroz era casado há 51 anos com Maria Letícia, advogada e atriz, de 77 anos. O ator ajudou a criar 14 filhos e deixa oito netos e três bisnetos. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento ou cremação.

* Com Estadão Conteúdo.

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