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Engenheiro ambiental alerta para possibilidade de deslizamento de barranco em Itabira

Engenheiro ambiental alerta para possibilidade de deslizamento de barranco em Itabira

Foto: Adeilson Dias

Em janeiro desse ano, ao circular pela rua Prefeito Virgilino Quintão, no bairro Cônego Guilhermino, em Itabira, o engenheiro ambiental Adeilson Dias notou que as árvores de um barranco estavam com os galhos muito debruçados sob a pista. Com experiência em deslizamento de encostas em área de mineração há 12 anos, ele protocolou um pedido de avaliação da vegetação para podas na Prefeitura de Itabira.

Nessa quarta-feira (9), ao passar mais uma vez pelo local, Adeilson se assustou ao perceber que a situação tinha se agravado. Em conversa com a redação da DeFato, ele detalhou o que viu. “Um dos sinais que a gente consegue observar é que já tem muita lama no asfalto. Eu não cheguei mais próximo para tirar fotos, porque não podia comprometer a minha segurança. Alertei a Defesa Civil e encaminhei as imagens do local”, ele contou.

O engenheiro ambiental explica que não é difícil perceber os sinais de que há algo de errado. De acordo com ele, é possível observar nas imagens que o barranco está se liquefazendo com o efeito da chuva e que a erosão está aumentando.

“O desabamento pode acontecer de uma hora para a outra. A exemplo de Ouro Preto, que passou por problema parecido em janeiro, apesar de ter uma vegetação ali, não sabemos o quanto a água está infiltrando. O solo não é uma argila, capaz de impermeabilizar. A olho nu, me parece um solo metamórfico, composto de outros materiais também. A gente não sabe o quanto ele já está encharcado, mas é visível que a encosta está cedendo e que uma hora aquilo pode piorar. Ainda mais com a quantidade de chuva que ainda está por vir nesses dias”, reforça.

Adeilson é bem claro ao alertar para o perigo de manter a via aberta para circulação de pessoas e veículos. “Minha recomendação é que a Prefeitura de Itabira feche o trânsito no local. Imagina se aquilo desce e atinge um ônibus lotado de gente? Temos que considerar ainda o efeito da movimentação de carros, que provoca alguns tipos de abalo. A rua deveria estar fechada para garantir a segurança até que uma equipe da Defesa Civil possa ir até lá para avaliar a situação”, finaliza o engenheiro ambiental.

Defesa Civil

A reportagem do portal DeFato procurou pela Defesa Civil de Itabira. De acordo com a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itbaira, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) está em campo. A coordenadora do Compdec, Nilma Castro confirmou o recebimento do contato de Adeilson e disse que uma equipe foi enviado ao local para avaliar a situação.

Pedido de poda e avaliação protocolado por Adeílson, em janeiro de 2022. Foto: Adeilson Dias
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