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Estrada de Ferro Vitória a Minas chega aos 120 anos como uma das mais modernas e seguras do País

Estrada de Ferro Vitória a Minas chega aos 120 anos como uma das mais modernas e seguras do País

Foto: Márcia Foletto

A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) completou 120 anos na segunda-feira (13) como uma das ferrovias mais modernas e seguras do País. Entre as tecnologias que a Vale, concessionária da malha, utiliza na operação e formação de pessoas para atuar na ferrovia estão inteligência artificial, realidade virtual, simuladores, sistemas de monitoramento e equipamentos de alta performance.

A inovação está presente na inteligência Artificial, por exemplo, uma das principais ferramentas utilizadas na inspeção de vagões. Por meio de algoritmos avançados, câmeras e sensores ao longo da via são capazes de identificar com precisão se os componentes e estruturas estão dentro dos padrões esperados. Cerca de três mil vagões são inspecionados de forma automática diariamente, o que antecipa necessidades de manutenção, aumenta a segurança e a eficiência operacional, além de prolongar a vida útil dos equipamentos.

“A Estrada de Ferro Vitória a Minas traz a inovação em sua essência. Sempre à frente do seu tempo, atuou como mola propulsora do crescimento de diversas cidades e ainda hoje é essencial para a economia do país. Ela antecede à criação da Vale e integra um sistema logístico fundamental para as atividades da empresa. Além de contribuir para o desenvolvimento econômico, a ferrovia tem um importante papel na vida de trabalhadores e moradores de municípios por onde passa. Nos últimos 10 anos, cerca de 8 milhões de pessoas utilizaram o trem de passageiros”, diz Gildiney Sales, diretor da Estrada de Ferro Vitória a Minas.

Outro exemplo de inovação utilizada é o carro controle, um veículo ferroviário de última geração com equipamentos de medições da geometria da linha que torna possível programar manutenções preventivas com base em suas leituras. Outro exemplo é o carro ultrassom, que percorre a linha para identificar e prevenir futuras fraturas de trilhos.

Ao longo do trecho ainda são empregados recursos tecnológicos que fazem a leitura de todo material rodante, observando as condições dos rolamentos, a performance dos truques (eixo que sustenta as rodas, rolamentos e freios), a temperatura e o perfil de rodas.

Todas as informações são repassadas ao Centro de Controle Operacional (CCO), em Vitória (ES), que gerencia a movimentação diária de dois trens de passageiros e, pelo menos, 40 tipos de mercadorias, entre minério de ferro, aço, soja, carvão e calcário ao longo de toda a ferrovia.

Até mesmo as condições climáticas são avaliadas. Por meio de sistemas de pluviometria e temperatura é possível reforçar os cuidados em épocas de chuvas e temperaturas elevadas.

Os sistemas de controle de tráfego também garantem a segurança da circulação dos trens pelo adequado distanciamento entre eles. Esse sistema prevê, inclusive, a parada automática dos trens em casos de alguma falha ou desvios de operação.

Trem de Passageiros ajuda a conectar histórias

Quem viaja pelo Trem de Passageiros nem sempre percebe quanta tecnologia é empregada ao longo dos 664 quilômetros de trajeto. A composição inclui as classes executiva e econômica, além de elevador para o acesso em cadeira de rodas e um espaço dedicado a pessoas com mobilidade reduzida.

A velocidade máxima é supervisionada de forma automática e ao alcance do maquinista estão recursos como computador de bordo, sistema de freio eletropneumático que proporciona uma rápida e uniforme resposta de frenagem gerando paradas suaves, o que torna a viagem mais confortável. Há ainda um sistema de comunicação de dados via satélite e uma rede de rádio para comunicação direta e exclusiva entre o maquinista e equipe de bordo, além da comunicação com o Centro de Controle de Operações.

Segurança das comunidades

A Vale também investe em recursos para garantir a segurança de pessoas nas proximidades da ferrovia. Cabe destacar os sistemas de controle de Passagens em Nível (PN), conhecidos como PN’s automáticas. Por meio deles é possível detectar automaticamente a aproximação dos trens, sinalizando sua chegada por meio de sinais sonoros e interrompendo o tráfego rodoviário com cancelas. A tecnologia passou a ser adotada na Estrada de Ferro Vitória a Minas em 2018.

Com a prorrogação da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em 2020, a Vale se comprometeu a realizar obras que aumentam ainda mais a segurança e a mobilidade urbana nas comunidades por onde passa a ferrovia. Entre elas estão viadutos rodoviários, passarelas de pedestres, acessos, muros de proteção e outras intervenções.

Realidade virtual e simuladores na formação profissional

A formação dos profissionais que atuarão na ferrovia também utiliza recursos tecnológicos. Três Centros de Operações de Aprendizagem são utilizados para a qualificação de maquinistas, oficiais de operação, controladores de pátios, controladores de tráfego, entre outros profissionais da empresa.

Todos eles possuem cabines, capazes de simular todas as funções que o maquinista executa durante uma viagem real do trem, em um ambiente seguro e controlado. O cenário é programado para que ele seja desafiado a executar a melhor condução possível e todas as suas ações são avaliadas de forma automática.

“Além do traçado fiel ao da ferrovia, é possível antecipar condições geográficas e construções compatíveis com o trajeto da Estrada de Ferro Vitória a Minas, como a proximidade com rios, túneis e pontes. Também conseguimos prever diferentes condições climáticas. Podemos comparar com um simulador para obtenção de carteira de motorista, porém adaptado a realidade da ferrovia”, diz Gildiney Sales.

Este modelo de simulador foi desenvolvido no Brasil, fruto de uma parceria entre a Vale e a Universidade de São Paulo. Está presente na Unidade Tubarão, em Vitória (ES), Ipatinga (MG) e nas operações da empresa no Maranhão, onde é usado no treinamento de equipes que atuam na Estrada de Ferro Carajás (EFC). Desde que passou a ser utilizada pela empresa, há 11 anos, a tecnologia contribuiu para a realização de 1,5 mil capacitações na Estrada de Ferro Vitória a Minas.

O Centro de Operações de Aprendizagem na Unidade Tubarão também possui óculos de realidade virtual para a capacitação de profissionais que atuam na manutenção de redes elétricas ao longo da ferrovia. Por meio deles, é possível simular a execução de todas as ações necessárias em uma subestação de energia em um ambiente controlado, sem riscos.

Ferrovia possui melhor desempenho ambiental do país segundo ANTT

A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), sob concessão da Vale, recebeu a melhor avaliação ambiental entre as ferrovias brasileiras, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O Índice de Desempenho Ambiental (IDA) é aplicado pelo órgão federal responsável pela concessão, fiscalização e regulação das ferrovias brasileiras. Nesta edição, divulgada recentemente, a Estrada de Ferro Vitória a Minas ficou na 1ª colocação, com a melhor pontuação entre todas as ferrovias brasileiras com 0,91 em uma escala de 0 a 1. Esta é a pontuação mais alta desde a criação do índice.

O índice permite à ANTT acompanhar e incentivar as ferrovias a desenvolverem ações sustentáveis e de proteção ao meio ambiente. O indicador é formado a partir de quesitos como correta destinação de resíduos; reuso de água; controle de emissões; eficiência energética; relacionamento com moradores de cidades vizinhas às ferrovias; e iniciativas de preservação do meio ambiente. Ao todo, o IDA avaliou 15 indicadores de desempenho socioambiental e 34 critérios, como: Política Ambiental Institucional, práticas e resultados obtidos pelas concessionárias.

Sobre a Estrada de Ferro Vitória a Minas

A Estrada Ferro Vitória a Minas possui 905 quilômetros e interliga o Espírito Santo a Minas Gerais. É classificada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como uma das ferrovias mais seguras do Brasil. Responsável por 30% do transporte de produtos por meio ferroviário no País.

O volume transportado em 2023 foi de 105,3 milhões de toneladas, sendo 85,1 milhões de toneladas de minério e 20,2 milhões de toneladas de carga geral (soja, milho, calcário etc).

Ferrovia em números

Trem de Passageiros

Curiosidades

* Com informações da Vale.

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