“Eu fiz porque tinha inveja”: diz adolescente que matou colega com facada no peito

As apurações indicaram que o crime foi previamente planejado por dois adolescentes de 14 anos, colegas da vítima

“Eu fiz porque tinha inveja”: diz adolescente que matou colega com facada no peito
Melissa Campos foi surpreendida por um golpe de faca no peito e não resistiu. (Foto: Reprodução/Instagram)

Um adolescente de 14 anos foi apreendido por matar a a colega de sala Melissa Campos, também de 14, a facadas dentro de sala de aula no Colégio Livre Aprender, no bairro Universitário, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O crime foi cometido no dia 8 de maio e o menor afirmou ter cometido o crime por inveja.

As investigações sobre o caso foram apresentadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e pelo Ministério Público de Minas Gerais nessa terça-feira (20). As apurações indicaram que o crime foi previamente planejado por dois adolescentes de 14 anos, colegas da vítima. Ambos foram apreendidos: o primeiro em flagrante no mesmo dia do fato e o segundo após representação da PCMG. Os dois respondem por ato infracional análogo ao crime de homicídio e permanecem internados por decisão da Vara da Infância e Juventude em Uberaba.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Cyro Outeiro Pinto Moreira, os fatos ocorreram de forma repentina, sem antecedente de desentendimento entre os envolvidos. “A vítima foi surpreendida por um golpe de faca no peito, após receber um bilhete com uma sentença de morte. As imagens das câmeras de segurança mostram a atuação dos dois adolescentes de forma coordenada. Outros alunos presentes estavam alheios ao ocorrido”, afirmou.

“O policial militar que o capturou ouviu dele, isso está no depoimento do policial militar: ‘eu fiz porque tinha inveja, pelo fato de ela simbolizar uma alegria que eu não tinha’”, relatou o promotor Diego Aguillar.

Durante a operação, a PCMG e a Polícia Militar cumpriram seis mandados de busca e apreensão. Foram coletados diversos materiais, como cadernos escolares e equipamentos eletrônicos, além de um plano de fuga manuscrito pelos adolescentes. O caso tramita sob sigilo judicial, e a responsabilização dos envolvidos ocorre na esfera socioeducativa, conforme previsto em lei.