Site icon DeFato Online

Frentes parlamentares se manifestam contra interferência do governo federal na Vale

Setor mineral cresce 5% no 3º trimestre de 2024, atingindo R$ 56,7 bilhões em faturamento

Foto: Divulgação/Vale

Um manifesto assinado pelas Frentes Parlamentares do Empreendedorismo, do Biodiesel, do Livre Mercado e da Mineração Sustentável afirma que “há um aparelhamento e interferência governamental” na gestão da Vale, após a saída do conselheiro José Luciano Duarte Penido.

Penido, em recente carta ao presidente do conselho da mineradora, afirmou que o processo de sucessão interna vem sendo conduzido de “forma manipulada, não atende os interesses da empresa e sofre evidente e nefasta influência política”, o que os parlamentares entenderam ser “uma situação preocupante e que pode ser prejudicial à economia”.

“Esta interferência, conforme expresso na carta de renúncia que foi publicada pelo conselheiro, não atende aos melhores interesses da empresa, tampouco aos interesses nacionais, visto que acarreta impactos negativos na economia e ameaça os princípios fundamentais da eficiência operacional e da competitividade do Brasil”, diz o manifesto.

O documento também defende a iniciativa privada como “símbolo de resiliência, eficiência, inovação e responsabilidade social e qualquer interferência política na gestão é um retrocesso”.

E prossegue: “Além de ser econômicamente prejudicial para o Brasil, minando a confiança dos investidores e comprometendo a eficiência da empresa, passa uma mensagem de poder ao corporativismo, sem contar a total falta de compliance e governança. Tal ingerência compromete o princípio da autonomia privada, afugenta investimentos e prejudica a imagem do Brasil diante do atual contexto de instabilidade global”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no final de 2023, tentou emplacar o nome do ex-ministro Guido Mantega como CEO da Vale. Após repercussão negativa no mercado e entre acionistas da mineradora, ele desistiu da investida.

Exit mobile version