O Boletim Epidemiológico de COVID-19, divulgado nesta quinta-feira (24) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), mostra que o estado registrou, nas últimas 24 horas, 3.901 novos casos da doença, além de 16 mortes. O dado corrobora com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que apontou um aumento considerável na circulação do vírus SARS-CoV-2, responsável pelo Coronavírus.
De acordo com dados do Boletim Infogripe, referente à semana epidemiológica 46 (13/11/2022 a 19/11/2022), 15 estados apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Na maioria desses estados, o crescimento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, compatível com aumento de internações associadas à covid-19.
André Felipe Leal Bernardes, referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed, diz que, até o momento, do ponto da Vigilância Laboratorial realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG/Funed), ainda não foi detectado aumento no encaminhamento das amostras destinadas ao diagnóstico molecular. “Entretanto, o percentual de amostras detectáveis para o vírus SARS-CoV-2 apresentou significativo aumento do ponto de vista estatístico, passando de aproximadamente 1,7% para 11,6% nos últimos dias”, afirma.
Outros vírus respiratórios
Além do expressivo aumento de resultados detectáveis para SARS-CoV-2, observa-se que, dos onze vírus respiratórios pesquisados, nove deles foram encontrados no mês de novembro de 2022.
Em outubro, somente um deles não teve sua circulação comprovada por meio dos exames realizados no Lacen-MG/Funed: o vírus Influenza B. “Também é possível registrar o aumento na frequência com que o vírus SARS-CoV-2 foi identificado nas amostras encaminhadas para análise em novembro. O índice era de 2,68%, em outubro, e, nos primeiros 19 dias de novembro, saltou para 30,97%”, acrescenta André Felipe Leal Bernardes, referência técnica em vírus respiratórios do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed.