Guerrero desiste de jogar em time peruano após mãe receber ameaças

País vive crise de violência desde janeiro deste ano

Guerrero desiste de jogar em time peruano após mãe receber ameaças

O atacante Paolo Guerrero desistiu de defender as cores do Universidad César Vallejo, do Peru, por causa de ameaças feitas à sua mãe. A informação foi dada por César Acuña, dono do clube e governador da região de La Libertad, em entrevista nesta terça-feira (13). A contratação já havia sido anunciada e seria a primeira vez que Guerrero jogaria em seu país natal, por isso havia muita expectativa, mesmo ele já tendo 40 anos.

Acuña contou que o atacante pediu o rompimento do contrato e disse que está trabalhando em um acordo para ter uma rescisão amigável. “Eu entendo o Paolo. No mesmo dia em que ele assinou o contrato, criminosos fizeram ameaças à mãe dele. Acho que ele está avaliando, está pensando: é a família ou o futebol. Eu faria o mesmo. Ligaram para a mãe dele e a ameaçaram”, afirmou.

A preocupação se dá em razão da onda de violência vivida pelo Peru. Trujillo, capital de La Libertad e terceira cidade mais populosa do país, decretou toque de recolher durante à noite e limitou diversas liberdades individuais por 60 dias. Os casos envolvem extorsão, sequestro e assassinatos.

No dia 24 de janeiro, o corpo de um empresário apareceu em uma área distante de Trujillo. Em seu abdômen foi escrita a frase: “por não pagar integralmente”. Durante o ano passado, o Ministério Público do Peru registrou mais de 2.273 denúncias de extorsão em diferentes negócios. No entanto, as respostas foram agressivas, com explosões de granadas, dinamite e carros incendiados.

Autor do gol do título do segundo Mundial de Clubes do Corinthians, em 2012, Guerrero é ídolo máximo no Peru. Porém, nunca chegou a atuar profissionalmente em um clube do país. Foi ainda jovem para Alemanha, onde se profissionalizou no Bayern de Munique e jogou também no Hamburgo. Ademais, Guerrero chegou ao Brasil justamente em 2012 para vestir a camisa corintiana e ficou no futebol brasileiro até 2022.

*Coom informações do jornal O Estado de São Paulo