Harmonização ou desarmonização? A síndrome do rosto super preenchido

Gabriella Lacerda assina artigo esclarecendo dúvidas sobre um dos procedimentos estéticos mais populares dos últimos tempos

Harmonização ou desarmonização? A síndrome do rosto super preenchido
Foto: Júlia Souza/DeFato
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Um dos maiores medos dos pacientes que realizam procedimentos estéticos é o de ficar com a aparência deformada, rosto “inflado”, bochechas e mandíbulas desproporcionais. Esse efeito tem nome: “Overfilled Syndrome”, mais conhecido como síndrome do rosto hiper preenchido.

Essa síndrome ocorre em situações onde há um excesso de material injetado. Além disso, quando se preenche
regiões onde não há indicação de volumização esse efeito também poderá ser observado. O resultado final é desastroso e desarmônico, muito parecido com o de um “balão inflado”.

O produto mais utilizado para o efeito preenchedor é o ácido hialurônico. Substância biocompatível, produzida em condições naturais pelo nosso corpo. A função principal do AH é promover hidratação e, a partir disso, restabelecer o volume perdido com o envelhecimento. Podemos dizer que essa substância é uma importante aliada nos tratamentos
de harmonização e equilíbrio das proporções faciais, isso quando utilizada com bom senso, é claro.

Existem alguns fatores que precisam ser levados em consideração para que se tenha um resultado natural e  satisfatório. Primeiro, no que diz respeito ao profissional, capacitação técnica e ética. Segundo, no que diz respeito ao paciente, saúde mental e expectativa real de resultado.

Estudos já apontam que grande parte dos pacientes que se enquadram na “Overfilled Syndrome” possuem algum tipo de dismorfismo corporal e não se enxergam como de fato são. Esses pacientes nunca estarão satisfeitos e buscarão sempre mais aplicações. Cabe ao profissional impedir tal prática, se ancorando em conceitos técnicos e noções básicas de visagismo facial. O encaminhamento para o psicoterapeuta também poderá ser necessário.

De uma forma geral, casos de rosto hiper preenchidos são comuns, mas não uma regra. Escolher um profissional capacitado, ético e devidamente habilitado minimizará grande parte desse risco. A comunicação antes do  procedimento é extremamente importante, para que o paciente exponha suas expectativas e o profissional, dentro de sua realidade e respeitando limites, busque alcançá-las.

Gabriella Lacerda é Biomédica Esteta. CRBM 7776

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