HNSD se renova e mostra vitalidade para ser um centro de alta complexidade

Com 160 anos de história, instituição administra o Pronto-Socorro e o Samu e atende a serviços mais complexos, como cirurgias cardíacas

HNSD se renova e mostra vitalidade para ser um centro de alta complexidade
Obras de ampliação do HNSD – Foto Rodrigo Andrade/DeFato Online
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Não fossem os filmes ou registros históricos, seria praticamente impossível para as gerações atuais imaginarem como era a realidade há mais de um século e meio. São raras as instituições que suportaram todas as transformações e se mantiveram de pé durante todo esse tempo. Em Itabira, o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) pode se orgulhar desse feito. A história da casa de saúde se confunde com a do próprio município, mas isso não quer dizer que haja letargia. Pelo contrário, ao completar 160 anos, o HNSD respira ares de renovação e vitalidade.

Fundado em 1859 pelo monsenhor José Felicíssimo do Nascimento, o HNSD nasceu cinco anos depois da Irmandade Nossa Senhora das Dores (INSD), hoje presidida pelo bispo dom Marco Aurélio Gubiotti. Durante toda a história, o HNSD contou com a participação da Mesa Administrativa da Irmandade. O grupo é voluntário e dividido em comissões que atuam em campos específicos dentro do desenvolvimento das atividades do hospital. Trabalho valorizado pelo provedor Vaquimar Vaz, que destaca ainda a importância do Nossa Senhora das Dores não só no passado, mas também para o futuro de Itabira.

Alta Complexidade

A meta agora é consolidar o hospital como um centro de alta complexidade. Para ter serviços mais robustos e expandir sua posição de polo em saúde na região, o HNSD investe em infraestrutura e atendimento. E basta um recorte nos últimos anos para perceber que o salto é realmente latente. O fortalecimento de serviços como a oncologia e hemodiálise, inclusive com credenciamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), coloca a instituição como referência para quase 500 mil pessoas.

Hoje, o HNSD atende desde como porta de entrada, administrando o Pronto-Socorro de Itabira e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a serviços mais complexos, como cirurgias cardíacas. A instituição é a segunda maior empregadora privada da cidade, com 1,2 mil funcionários. Uma estrutura que funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano.

“O HNSD é um organismo vivo que tem todas as suas particularidades. E a manutenção de toda essa estrutura depende diretamente da força da nossa equipe. Nossos colaboradores são vitais para o desenvolvimento
do hospital.” Alexandre Coelho, diretor-executivo

Alexandre Oliveira, diretor-executivo do HNSD

Radioterapia

O serviço de oncologia é ofertado no Hospital Nossa Senhora das Dores desde 2010 e ganhou um novo tamanho ao fim de 2017, quando foi credenciado pelo SUS. Passou a ser referência para as microrregiões de Itabira, João Monlevade e Guanhães e se estabeleceu como suporte para milhares de pessoas que antes precisavam ir até Belo Horizonte para tratar contra os diversos tipos de câncer.

O hospital atualmente oferece a quimioterapia e as cirurgias oncológicas nas áreas de ginecologia, cirurgia geral, mastologia e urologia. E, em breve, o serviço vai crescer. Está prevista para o fim de 2020 a implantação da radioterapia, o último passo para que o HNSD se transforme em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon).

O terreno para a construção do bunker de radioterapia já foi aprovado por um técnico do Ministério da Saúde. A fase atual é de processos burocráticos, com troca de documentações. A expectativa é de que em dois meses tudo seja resolvido e a ordem de serviço seja expedida para as obras de R$ 10 milhões. Todo o investimento será feito pelo Governo Federal. Ao hospital caberá manter a equipe especializada e fazer a gestão do serviço.

Hemodiálise

Da mesma maneira, o serviço de hemodiálise é outro que dá mais comodidade aos pacientes da região. Quando lançado, eram 18 máquinas de terapia renal substitutiva. Agora, já são 32, que atendem usuários em três turnos, de manhã, à tarde e à noite. A expansão foi conquistada com recursos próprios do hospital.

Obras de ampliação no HNSD

Centro de Diagnóstico 

A busca por novos serviços de alta complexidade demanda estrutura. Um dos problemas que o HNSD está resolvendo é a falta de um Centro de Diagnóstico por Imagem. Até então, os pacientes que necessitam de um exame por imagem precisam ser levados para clínicas parceiras, mas isso vai mudar em breve. Está na reta final a construção do próprio CDI do hospital.
O espaço terá aparelhos de ressonância magnética, tomografia e ultrassom, raio-x digital e equipamentos para teste ergométrico e exame de ecocardiograma transesofágica. A previsão é de que até outubro o centro seja inaugurado.

Saúde suplementar e particular

No primeiro semestre de 2016, o Hospital Carlos Chagas passou a ser completamente destinado ao SUS e o Nossa Senhora das Dores teve que se preparar às pressas para absorver os atendimentos da saúde suplementar e particulares. Até hoje o serviço ainda opera com dificuldades. Por isso, investimentos estão sendo feitos também nessa área. Entre o fim de outubro e início de novembro, o HNSD espera inaugurar seu novo Pronto-Atendimento (PA). Localizado no segundo pavimento do prédio do Centro de Diagnóstico por Imagem, o espaço oferecerá mais conforto e permitirá melhor atendimento de urgência e emergência.

Mais leitos

O plano diretor do hospital estipula que o número de leitos aumente dos atuais 175 para mais de 200. Essas unidades estão projetadas para serem construídas nos terceiro e quarto andares do prédio construído para abrigar o CDI e o novo PA. Esse processo ainda depende de verbas.

Reportagem publicada na edição nº 63, de setembro, do Jornal DeFato Cidades Mineradoras 

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