“Estamos na vida das pessoas nos melhores e piores momentos”, diz enfermeira itabirana

No dia Internacional do Enfermeiro, profissional relata as experiências do setor que está na linha de frente do combate ao coronavírus

“Estamos na vida das pessoas nos melhores e piores momentos”, diz enfermeira itabirana
A enfermeira Ana Paula – Foto: Arquivo pessoal
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“É uma profissão que coloca a gente na vida das pessoas nos melhores e piores momentos”. No Dia do Enfermeiro, é assim que Ana Paula Gonçalves Moreira descreve a profissão que escolheu há quase duas décadas. A atual supervisora de Enfermagem do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), em Itabira, começou em 2001 como técnica em enfermagem no Hospital Carlos Chagas e, desde então, vive o dia-a-dia dos profissionais que se desdobram para oferecer o melhor suporte aos pacientes das unidades de saúde.

Comemorado no dia 12 de maio, o Dia Internacional do Enfermeiro destaca a importância da profissão que nos últimos tempos se tornou referência de heroísmo e passou a inspirar, mais do que nunca, valorização. Para Ana Paula, a data este ano será comemorada de forma mais singular, devido à pandemia do coronavírus.

“A lembrança da data neste ano será peculiar, por estarmos na linha de frente no combate ao coronavírus. Nós não somos aqueles profissionais que podem ficar em casa. Então vamos à frente de trabalho sempre colocando nas mãos de Deus, pedindo proteção divina e contando com a proteção dos equipamentos que a gente tem em mãos para evitar nossa contaminação”, ressalta a enfermeira.

E a apreensão, de acordo com Ana Paula, é não só sobre contrair o vírus, mas em transmití-lo às pessoas mais próximas. “Em Itabira está uma situação tranquila até o momento, mas gera, sim, um pouco de ansiedade, de apreensão. Nosso medo não é só de nos contaminarmos, mas de passar alguma coisa para as pessoas que moram com a gente, seja pais, irmãos, filhos ou amigos. Não é uma situação de ficarmos desesperados, mas sim de seguirmos as regras em relação a colocação e uso de equipamentos de proteção individual”.

Do início ao fim da vida

O enfermeiro, assim como o médico, é um profissional que acompanha e vive com os pacientes momentos que vão desde a alegria de um nascimento até a tristeza de uma despedida. 

“Nós estamos presentes no nascimento, mas estamos também na perda. Então, temos que ter na cabeça que nós escolhemos estar ali. O paciente, não, está ali por necessidade. Para dar uma assistência de qualidade temos que estar de bem com a gente mesmo. Estar de bem com a própria vida para ser capaz de cuidar da vida do outro”, reforça Ana Paula

Reconhecimento

A sensação de dever cumprido na vida de um enfermeiro vem com a execução de um bom trabalho, mas também com o reconhecimento e demonstraçõe sde carinho dos pacientes e familiares.

“Não que a gente trabalhe em prol disso, de querer o reconhecimento do outro, mas é uma sensação muito gostosa. A gente recebe bombom, verdura, laranja, flores, cartinhas… Eu tenho a cartinha de uma paciente fez quando criança pra mim, há 15 anos atrás. Guardo com muito carinho”, conta.

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