Justiça determina retirada de atingidos que ocupam área evacuada em Barão

Desde de ontem (18), moradores fazem protesto contra a Vale

Justiça determina retirada de atingidos que ocupam área evacuada em Barão
Foto: Foto encaminhada via internauta

Na manhã deste sábado (19), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio do desembargador Antônio Bispo, determinou à Polícia Militar a retirada imediata dos manifestantes da comunidade do Socorro, em Barão de Cocais. Desde ontem (18), os moradores atingidos pelo risco de rompimento da barragem Sul Superior, que foram evacuados em 8 de fevereiro de 2019, ocupam a comunidade como forma de protesto contra a Vale.

As informações é de um dos organizadores do protesto Nicolson Resende. Ele disse que foi até a Polícia Militar na busca por um mandado judicial pacífico. Segundo Nicolson, o acordo com a PM é de que os moradores saiam de forma pacífica após uma orientação dos militares, a partir das 13h30. Os manifestantes concordaram em sair do local.

No dia 14 de setembro, a mineradora Vale solicitou na justiça a suspensão do pagamento dos benefícios aos moradores atingidos pelo risco de rompimento de barragem em Barão de Cocais, e por isso, os evacuados das comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo começaram a articular a manifestação.

Dentre os auxílios que a mineradora pediu o cancelamento, estão a manutenção moradia (aluguel, água, energia elétrica, IPTU e TV a cabo), vale gás e cartão refeição. Caso o juiz da cidade concorde com o solicitado pela mineradora, o vale gás e o cartão refeição ficam vigentes até abril de 2021, enquanto a manutenção moradia será paga por mais 12 meses.

Em fevereiro do ano passado, a sirene da barragem Sul Superior soou pela primeira vez no município, retirando cerca de 500 pessoas das comunidades de Vila do Gongo, Piteiras, Socorro e Tabuleiro. Já no dia 22 de março de 2019, a sirene foi novamente acionada, elevando o nível da estrutura de rejeitos para 3, com risco iminente de rompimento. Desde então a Vale vem realizando ações para minimizar os danos na cidade em um possível caso de colapso.