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Luciano Huck critica Lula por comparação entre Israel e Hitler

Luciano Huck critica Lula por comparação entre Israel e Hitler

Foto: Reprodução/Instagram/@rioinnovationweek

O apresentador Luciano Huck lamentou a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou as operações israelenses na Faixa de Gaza ao massacre promovido por Hitler contra os judeus na 2ª Guerra Mundial. Em sua conta no X (antigo Twitter), Huck salientou a grande diferença entre os conflitos em questão e disse que a guerra contra o Hamas “não é remotamente parecida com o Holocausto, e espera que o petista repense sua posição e silencie vozes antissemitas á sua volta”.

Huck acrescentou que a fala do presidente definitivamente não contribui para a paz na região. “O que acontece em Gaza hoje é uma tragédia humanitária. O número de vítimas civis é inaceitável e imperdoável”, disse.

No domingo (18), Lula acusou Israel de cometer genocídio contra civis palestinos na faixa de Gaza e comparou suas ações com a campanha de Hitller em exterminar os judeus. A fala ocorreu em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou como convidado da cúpula anual da União Africana.

Lula destacou que “o conflito não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças. O que está aconecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu fortemente aos comentários de Lula, classificando-os de vergonhosos e graves, e anunciou a convocação do embaixador brasileiro em Israel para esta segunda-feira (19), quando vai exigir explicação do governo de Brasília.

O encontro será entre o ministro das Relações Exteriores de Israel, Ysrael Katz, e o embaixador brasileiro. “A comparação entre Israel e o Holocausto dos nazistas de Hitler atravessa um linha vermelha”, disse o premiê israelense em comunicado.

Já o grupo Hamas, por sua vez, “louvou” em comunicado a fala de Lula, que, segundo eles, “são uma descrição exata do que sofre o povo e, Gaza, e revelam a magnitude do crime cometido por Israel com o apoio da administração Biden”.

Diante da assembleia anual da União Africana, uma cúpula que reúne chefes de Estado de 55 países do continente, Lula voltou a defender a existência de um Estado palestino: “Um Estado palestino que seja reconhecido com membro pleno das Nações Unidas. De uma ONU fortalecida e que tenha um Conselho de Segurança mais representativo, sem países com poder de veto e com membros permanentes da África e da América Latina”.

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