Marco Antônio quer apertar o cerco a supermercados e restringir a venda do que não é essencial
Governo espera ter sucesso no alinhamento da proposta com supermercadistas. O intuito é reduzir a circulação de pessoas
Marco Antônio Lage (PSB), prefeito de Itabira, quer alinhar um protocolo mais restritivo com o setor varejista. O interesse do gestor é limitar a venda do que não é essencial nos supermercados para reduzir o fluxo de pessoas, durante a atual e mais crítica fase da pandemia de Covid-19 na cidade. O diálogo com representantes do segmento deve ocorrer ainda nesta semana, segundo o prefeito.
São considerados essenciais os produtos de alimentação, saúde e higiene. Os itens não essenciais incluem artigos de bazar, como louças, copos, utensílios e eletrodomésticos, por exemplo. Na opinião de Marco Antônio, os supermercados devem vedar o acesso aos produtos supérfluos para não haver circulação de pessoas a procura desses itens.
“Nós vamos conversar com os supermercados para definir isso. Precisamos restringir as vendas do que não é essencial agora”, enfatizou o prefeito itabirano.
A administração municipal descarta o fechamento de supermercados nos fins de semana, a exemplo de medida que será adotada em Belo Horizonte a partir de 28 de março. “A conclusão que chegamos é que fechar supermercados no fim de semana não é viável. Em sete dias você distribui melhor o fluxo de clientes”.
Outras restrições não devem ocorrer agora. A permanência de Itabira na onda roxa do plano Minas Consciente, assim como os demais municípios do estado, continua até o fim da Semana Santa, em 4 de abril, pelo menos. Marco Antônio frisou que caso o município não consiga frear a superlotação dos hospitais e a média móvel de mortes por Covid-19, o fechamento do que não é essencial seguirá por tempo indeterminado.
Ofício
Em ofício datado de 17 de março, o vereador Bernardo Rosa (Avante), vice-líder do governo na Câmara Municipal, pediu a Marco Antônio Lage a proibição da venda de mercadorias não essenciais em locais de funcionamento essencial, como os supermercados. O vereador relatou no documento o cenário dramático vivenciado pelo município, com ocupação máxima dos leitos de UTI há 20 dias.
O advogado e também presidente da 52ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Itabira) solicitou ainda a rotatividade e a flexibilidade na abertura dos comércios locais, para combater a propagação do novo coronavírus.
Para o vereador, a costura de novas medidas deve ocorrer “sob o diálogo e a participação de todos os representantes envolvidos e afetados pelas medidas impostas”.