Menopausa: entenda este período e aprenda algumas dicas para amenizar os sintomas

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Menopausa: entenda este período e aprenda algumas dicas para amenizar os sintomas
Foto: Divulgação

Caracterizado pelo fim do período reprodutivo, a menopausa/climatério afeta mulheres entre os 40 e 65 anos. Embora não seja uma doença, os seus sintomas podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida da mulher.

O climatério, muitas vezes, é encarado como sinônimo da menopausa. Entretanto, corresponde a toda a fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da mulher. Já a menopausa se refere à última menstruação, ocorrendo durante o climatério.

Estima-se que uma a cada quatro mulheres experimentam alterações durante esse período. A fim de ajudar, vou falar um pouco das principais ocorrências e como amenizá-las.

O que acontece durante este período?

O climatério resulta no fim da capacidade reprodutiva. Mas por que essa fase pode trazer tantos sintomas?

Como já expliquei no artigo de novembro sobre idade e fertilidade, nascemos um numero limitado de folículos e ao longo do tempo eles vão diminuindo, e com isto a nossa reserva ovariana diminui. Então, como os folículos não podem ser produzidos ao longo da vida, chega um momento em que eles acabam. Com isso, além de parar a produção de óvulos, há também uma diminuição significativa na produção dos hormônios estrogênio e progesterona.

Principais ocorrências e sintomas:

Quando falamos de climatério e menopausa, o primeiro sintoma que vem à mente são as ondas de calor, também chamadas de fogachos. Essas crises de calor, geralmente associadas a palpitações, tonturas e sudorese, rubor facial. Podem acontecer várias vezes por dia, com duração de um a cinco minutos e mais característico na região da face.

Há também alterações nos órgãos sexuais: mudanças no revestimento da vagina, atrofia destes órgãos e secura da mucosa vaginal. Tais características podem levar a dor e desconforto durante as relações sexuais. Além disso, muitas mulheres apontam também para uma redução na libido. Sobre as mamas, ocorrem as seguintes alterações: as glândulas mamárias hipertrofiam (diminuem de tamanho) e as mamas ficam mais flácidas e podem diminuir de tamanho. 

Outras possíveis manifestações urogenitais são a incontinência urinária, coceiras e facilidade em adquirir infecções urinárias devido a atrofia vaginal.

Além disso, podem surgir alterações psíquicas, como irritabilidade, ansiedade, tristeza e até mesmo quadros de depressão.

Vale destacar, também, que o climatério e a menopausa aumentam a chance de a mulher desenvolver doenças como osteoporose e problemas cardiovasculares, principalmente a doença coronariana (infarto), e nestes casos quanto mais precoce maior a probabilidade de apresentar estes eventos.

Aprenda a amenizar os sintomas do climatério

Existem técnicas capazes de diminuir o desconforto dos sintomas do climatério. Entretanto, há tratamentos que podem ser recomendados:

1 – A terapia para reposição do estrogênio pode aliviar sintomas físicos, psíquicos e relacionados aos órgãos genitais. Porém, ela apresenta algumas contraindicações e deve ser recomendada expressamente por um médico.

2 – Manter uma alimentação saudável, com intervalos menores entre as refeições, pode trazer benefícios tanto para aliviar sintomas físicos quanto psíquicos.

3 – Os exercícios físicos diários, de preferência ao ar livre, mesmo que leves, ajudam a fortalecer os músculos e prevenir doenças.

4 – As ondas de calor podem se tornar mais toleráveis com o uso de roupas leves e mantendo-se os ambientes bem ventilados.

5 – Beber bastante água é uma recomendação básica, mas essencial.

6 – Evitar o consumo de álcool e fumar.

Medicamentos fitoterápicos podem ser prescritos pelo médico para ajudar no alívio dos sintomas.

Vale lembrar que o climatério/menopausa não significa que a mulher deve parar de se consultar com o ginecologista, pelo contrário, os exames devem continuar a serem feitos regularmente. E neste caso o seu ginecologista irá avaliar o que é melhor para o seu caso e propor tratamento que garanta qualidade de vida e bem estar.

Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato com a Dra. Ana Luiza (Clique Aqui).

Ana Luiza Alvarenga é Ginecologista e Obstetra. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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