Mineração gera empregos e impulsiona desenvolvimento econômico
“A aplicação correta dos royalties em infraestrutura é a mola propulsora para o futuro das cidades mineradoras”
A exploração mineral é a alavanca do desenvolvimento econômico de diversos municípios, tendo papel socioeconômico expressivo na geração de rendas e empregos, bem como na arrecadação tributária e na exportação de minérios.
Depois de um período de consecutivas interdições nas operações minerárias devido às precauções adotadas após as lamentáveis tragédias de Mariana e Brumadinho e mesmo com todas as limitações da pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 tem superado as expectativas com relação à retomada do ciclo de crescimento da mineração.
Relatório trimestral do Ibram aponta que na cadeia produtiva da mineração são cerca de 11 postos de trabalho para cada emprego direto, ou seja, 1,9 milhão de postos de trabalho. Número expressivo para um país que enfrenta sérios problemas de empregabilidade.
Com um dos maiores PIBs do país e detentora da maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo (Mina de Brucutu), São Gonçalo do Rio Abaixo tornou-se a grande protagonista do desenvolvimento da região, com atração de investimentos e retornos financeiros significativos.
Nos últimos anos, com a obrigatoriedade do sistema de beneficiamento de minério a seco, grandes investimentos estão sendo feitos em Brucutu, o que proporciona acréscimo na receita do ISSQN e geração de novos postos de trabalho.
Muito além da geração de emprego, a mineração é fundamental para a continuidade dos projetos e serviços ofertados no município. Em 2020, a expectativa de arrecadação em São Gonçalo se mantém na ordem de R$60 milhões, o que possibilita investimentos em pavimentação de estradas rurais, ampliação dos distritos industriais, construção de escola de tempo integral e no novo trevo da BR-381 — obras que colocam São Gonçalo na rota do desenvolvimento.
A aplicação correta dos royalties em infraestrutura é a mola propulsora para o futuro das cidades mineradoras. Mas é preciso ter ciência que a exaustão mineral chegará um dia. Portanto, buscar a geração de novas fontes de renda e a diversificação da economia torna-se uma necessidade iminente a fim de preparar as cidades para no futuro serem independentes da mineração.
Antônio Carlos Noronha Bicalho é prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo e Diretor Financeiro da Amig
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