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Ministro do STJ autoriza mãe de Henry Borel a aguardar julgamento em liberdade

Ministro do STJ autoriza mãe de Henry Borel a aguardar julgamento em liberdade

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, morto em morto em março de 2021- Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou na sexta-feira (26) a prisão preventiva de Monique Medeiros. Com a decisão, ela poderá aguardar em liberdade o julgamento sobre o assassinato do filho, Henry Borel, de 4 anos, morto em março do ano passado.

Noronha decidiu que a Justiça do Rio de Janeiro não poderia ter revogado a prisão domiciliar de Monique Medeiros. A pedido do Ministério Público do Estado, ela foi mandada de volta para a cadeia em junho e, desde então, está presa no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu.

A decisão diz que ela tem o “direito responder o processo em liberdade, sem prejuízo de nova decretação de medida cautelar de natureza pessoal com lastro em motivos contemporâneos”.

“Apesar da inequívoca gravidade das condutas imputadas, verifica-se que a paciente encontrava-se cumprindo as medidas cautelares impostas, não representando risco para a aplicação da lei penal, para a investigação e a instrução criminal ou para a segurança da sociedade, o que demonstra a desnecessidade da prisão preventiva”, escreveu o ministro.

Noronha disse ainda que não há “circunstâncias concretas que justifiquem” a manutenção da preventiva e que Monique Medeiros não poderia continuar presa com base “na gravidade genérica do delito, no clamor público, na comoção social”.

Monique Medeiros e o ex-marido, o ex-vereador Jairinho, são réus pelo crime. De acordo com a denúncia, por tortura qualificada e homicídio triplamente qualificado, a criança foi morta pelo ex-vereador e por omissão da mãe. O Ministério Público tenta levar o casal júri popular.

* Com Estadão Conteúdo.

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