Moradores do Socorro realizam manifestação em Barão de Cocais

O ato em repúdio as ações da Vale aconteceu nesta sexta-feira (23); Os moradores da comunidade também caminharam até a sede do MPMG

Moradores do Socorro realizam manifestação em Barão de Cocais

Na tarde desta terça-feira (23), os moradores evacuados da comunidade do Socorro, realizaram uma manifestação contra a Vale, em frente a atual sede do Fórum de Barão de Cocais, com o objetivo de sensibilizar o juiz Luiz Henrique Guimarães para a audiência que acontecerá na próxima segunda-feira, 26 de outubro. Na ação pacífica, os moradores apresentaram faixas e cartazes com dizeres de manifesto.

Manifestação Barão de Cocais
Moradores do Socorro manifestam no Fórum de Barão de Cocais

A ação aconteceu devido a Vale ter solicitado na  justiça a suspensão dos pagamentos dos benefícios aos moradores atingidos pelo risco do rompimento da barragem no município. Segundo Elida Geralda Couto, líder da comunidade, os moradores queriam mostrar para o juiz a importância do auxílio para a comunidade, uma vez que ficando sem o recebimento do auxílio, automaticamente os moradores serão forçados a entregar o Socorro para a mineradora.

“A Vale quer cortar todos os benefícios que ela está dando pra gente, falando que não é uma situação de emergência, mas aí fica a pergunta: a barragem qual o nível que está? Ela está em emergência. Então, automaticamente, enquanto a gente não retornar para nossas casas, nós vamos estar vivendo num modo de emergência. Então, o que a gente quer é simplesmente os nossos direitos reconhecidos. A gente espera que a justiça faça justiça.”, diz a líder da comunidade

Manifestação Barão de Cocais
Moradores do Socorro manifestam no MPMG

Após o ato no Fórum, os cocaienses caminharam pela Avenida Wilson Alvarenga até a sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para também deixar uma mensagem de sensibilização a promotora Clarisse Nascimento. No local, alguns moradores ainda discursaram sobre o pedido de justiça contra a postura que a empresa vem adotando. Ainda, de acordo com a moradora Ana Rita de Souza, viver sem o pagamento emergencial vai afetar muito a comunidade, já que no Socorro o sustento das famílias vinha da terra, das plantações e demais atividades rurais.

“E vivendo aqui na rua está muito difícil, vivendo só do aluguel dela? Coisa que ela só tem obrigação? Então vamos lutar aí pra conseguir o pagamento emergencial até que ela indenize corretamente as famílias.”, complementa a moradora