Moro diz que indicação de Dino é por razões políticas
Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) para a vacância de Rosa Weber, que se aposentou aos 75 anos
O ex-juiz da Operação Lava Jato, hoje senador da República pelo União Brasil, Sergio Moro, criticou a indicação do titular do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) para a vacância de Rosa Weber, que se aposentou aos 75 anos, em outubro.
Em suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (28), Moro criticou a falta de diversidade de gênero prometida por Lula durane sua campanha eleitoral, sugerindo que a indicação de Dino tem cunho político: “No final, toda a conversa de Lula sobre diversidade era só conversa. Sequer foi cogitada uma mulher na lista dos favoritos. Prevaleceram as razões políticas”.
Moro também fez críticas à indicação do advogado pessoal de Lula, Cristiano Zanin, ao STF: “A nomeação de um advogado e amigo pessoal do presidente da República para o Supremo Tribunal Federal não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano”.
Flávio Dino será sabatinado no próximo dia 13 de dezembro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, composta por 27 parlamentares. Moro é um dos membros do colegiado.
Após, Dino irá a plenário e vai precisar de ao menos 41 votos dos 81 senadores para sua aprovação.
No mesmo dia, Paulo Gonet Branco, atual subprocurador-geral da República, também indicado ao cargo de procurador-geral da República, por Lula, deverá ser sabatinado.