“Muitas vezes solicitei agenda e não havia”, diz Zema sobre o governo federal
Zema deixou claro que os débitos não foram contraídos durante o seu mandato, e mencionou indiretamente o ex-governador Fernando Pimentel
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rechaçou as críticas que tem recebido nos últimos meses em relação á sua postura sobre o diálogo (ou a suposta falta dele) da dívida mineira com a União, hoje em cerca de R$ 160 bilhões. Conversando com a imprensa, na quinta-feira (14), Zema deixou claro que os débitos não foram contraídos durante o seu mandato, e mencionou indiretamente o ex-governador Fernando Pimentel (PT).
“Desde o início do meu governo, há quatro anos e 11 meses, para ser exato, tenho dito que nós temos um problema seríssimo, que é a dívida do Governo de Minas. Para mim, mais que para qualquer outra pessoa, é muito bom saber que agora estamos unidos, e que o problema realmente passou a ser visível. Me parece que, no passado, alguns se negaram enxergar essa dívida gigantesca, que chegou, inclusive, em 2017 e 2018, no governo passado, a atrsar o repasse de recursos para municípios e atrasar a folha de pagamento”, afirmou.
Zema se disse satisfeito com a prorrogação do prazo do fim da carência no pagamento da dívida, concedido na noite de quarta-feira (13), pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sem mencionar os nomes de Lula ou Bolsonaro, Zema disse que sempre esteve aberto ao diálogo com Brasília. “Sempre fui a Brasília, inclusive muitas vezes solicitei agenda e não havia agenda. Sou um governador que trabalha de segunda a segunda, sem parar, no interior do Estado e em Brasília. Da nossa parte, nós estamos totalmente abertos ao diálogo”, finalizou.
Em meados de novembro, o presidente Lula disse que “Zema não comparecia nas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e que sempre mandava o vice-governador, Mateus Simões (Novo)”.
Já Haddad disse que “Zema passou quatro anos como aliado do Palácio do Planalto e não resolveu a dívida de Minas, mas, ao contrário, aumentou o débito de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões”.