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Neidson Freitas cobra diálogo para que maternidade do HNSD não feche

Neidson Freitas cobra diálogo para que maternidade do HNSD não feche

Reunião da Câmara de Itabira desta terça-feira (9). Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Uma discussão que vem ganhando destaque entre os itabiranos nesta semana parecia que passaria batida na reunião da Câmara de Itabira desta terça-feira (9): a possibilidade de que a Unidade Materno Infantil do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) encerre as suas operações. Porém, já no final da sessão legislativa, o vereador Neidson Dias Freitas (MDB) trouxe o assunto à tona e cobrou diálogo para contornar a situação e impedir o fim da prestação desse serviço.

“Não poderia deixar de entrar em um assunto tão importante para a nossa cidade. Quase metade dos itabiranos fazem uso dos planos de saúde. O fechamento da maternidade do HNSD implica, em uma cidade como Itabira, que pretende se tornar polo em prestação de serviço de saúde, não ter onde as mães como plano de saúde deem à luz”, afirmou Neidson Freitas.

Atualmente, a maternidade do HNSD é destinada à saúde suplementar — planos de saúde e atendimentos particulares — e realiza, em média, 43 partos mensais. Esse número, no entanto, não é suficiente para custear a manutenção do serviço, que hoje é deficitário. Por isso, o HNSD cogita a possibilidade de encerrar a prestação desse serviço, embora venha tentando negociar com as operadoras de planos de saúde uma forma de contornar esse problema.

“Em um primeiro momento isso pode parecer um problema para quem tem plano de saúde, pois a Prefeitura de Itabira tem a maternidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC). Mas, uma vez não tendo suporte dos planos de saúde, sobrecarregará a estrutura pública do nosso município”, alerta Neidson Freitas.

Dessa forma, o emedebista defende a realização de um amplo diálogo para buscar uma solução e impedir o fechamento da maternidade no HNSD. Para ele, essa discussão precisa envolver a Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria de Saúde; a Câmara de Vereadores, por meio da Comissão de Saúde; representantes do HNSD; e o Ministério Público.

“Que tenhamos também condição de fazer um convite ao Ministério Público, que lá atrás exigiu que o Município fizesse uma maternidade 100% SUS sem observar a condição econômica para que fosse mantido o serviço [para a saúde suplementar] no outro hospital”, ressaltou Neidson Freitas.

Outro lado

O líder do governo Marco Antônio Lage (PSB) na Câmara de Itabira, Juber Madeira (PSDB), destacou que a Secretaria Municipal de Saúde agendou uma reunião, na quarta-feira (10), para discutir o assunto junto a direção do HNSD, representantes dos planos de saúde e Conselho Municipal de Saúde.

Ele, ainda, destacou que uma das alternativas a serem debatidas é entorno da unificação das maternidades existentes no HNSD e HMCC.

“Quero tranquilizar a população de Itabira, as pessoas que usam a saúde suplementar e que dependem da maternidade do HNSD. O governo está com essa agenda junto ao HNSD para buscar opções para não encerrar esse serviço. Uma das propostas é a unificação das maternidades dos hospitais. Mas, enquanto isso, o diretor clínico do HNSD nos garante que, caso seja confirmado, no prazo de adaptação dessa possível unificação o serviço continuará funcionando”, garantiu Juber Madeira.

Confira a série de matéria produzidas por DeFato sobre a possibilidade de fechar a maternidade no HNSD:

+ Maternidade do HNSD pode ser fechada a partir de março

+ Associação Médica afirma que fechar maternidade é ‘retrocesso histórico’

+ HNSD negocia com planos e minimiza risco de demissões com eventual fechamento da maternidade

+ Governo municipal agenda reunião para discutir maternidade do HNSD

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