Associação Médica afirma que fechar maternidade é ‘retrocesso histórico’

Presidente de associação lamenta impasse da unidade materno-infantil do HNSD

Associação Médica afirma que fechar maternidade é ‘retrocesso histórico’
Janice Bellavinha Thomazi é presidente Associação Médica de Itabira. Foto: Arquivo DeFato
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A Associação Médica de Itabira (AMI) afirma que acompanha e discute com seus membros as consequências da possível desativação da maternidade do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD). Presidente do grupo, a médica otorrinolaringologista Janice Aurora Bellavinha Thomazi disse que o tema é acompanhado com grande preocupação pela classe médica de Itabira.

A unidade materno-infantil do HNSD atende a saúde suplementar. Conforme veiculado por DeFato nesta segunda-feira (8), desde que os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram transferidos para o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), em 2016, o HNSD alega inviabilidade financeira para manter o serviço.

“Trata-se da única maternidade local a atender às grávidas usuárias de planos de saúde, em uma cidade com quase a metade de sua população usuária da medicina supletiva. Consideramos essa possibilidade um grande retrocesso no setor de saúde da cidade, talvez o maior a que Itabira já tenha sido submetida”, disparou a presidente, procurada por DeFato.

O HNSD comunicou à operadora Unimed o prazo de 31 de março para a desativação do setor, caso não sejam encontradas alternativas. “Para a população, será uma perda sem precedentes. Imagine o impacto das parturientes tendo que se deslocar para ter seus filhos em outras cidades, como Belo Horizonte e João Monlevade”, continuou Janice, em atenção às usuárias dos convênios hospitalares.

A representante da AMI indicou também a insegurança com o emprego dos profissionais envolvidos. “O impacto desse fechamento será significativo para os obstetras, pediatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem e todos os profissionais envolvidos no atendimento da maternidade, que perderão seus postos de trabalho, acarretando desemprego. Os planos de saúde também saem prejudicados, podendo perder usuários, já que não poderão atender essa demanda na própria cidade”. A otorrino é membro do Conselho Técnico da cooperativa Unimed Itabira.

Segundo a médica, a AMI discute providências para reverter o caso. “A AMI já está se articulando como um canal de discussão, e está junto ao grupo de médicos envolvidos diretamente nessa questão. Como entidade representativa da classe médica faremos nossa essa luta, que deve ser de toda a comunidade itabirana”, concluiu.

 

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