As constantes alterações no governo de Itabira chamam a atenção. A consequência trágica dessa situação é o emperramento da máquina pública do município. Não existe um critério aparente para a seleção da equipe de governo. As consequências de algumas mudanças já são sentidas pela própria população.
A Secretaria de Obras é o grande emblema do caos atual. E o erro, nesse caso, está em sua própria origem. Acaso, o advogado Danilo Alvarenga Freitas tem comprovada competência (ou experiência) técnica para o exercício do cargo? José Maciel Duarte Paiva – o último titular da pasta- tinha habilitação profissional para o exercício da função. É engenheiro civil com vistoso currículo. Alvarenga, porém, é um profissional do Direito.
E, pelo que se sabe, na grade curricular da advocacia não há nenhuma disciplina que trate da construção civil, por exemplo. E, nessa circunstância, Alvarenga é um claro exemplo da pessoa errada, no lugar idem. Mas algum incauto até pode alegar que essa escolha do prefeito teve como objetivo destravar a pasta administrativamente. Mas, não. Pelo contrário.
Até o momento, a Secretaria de Obras continua no freezer. A constatação prática não deixa dúvidas quanto a isso. O doutor ainda não conseguiu emplacar um único processo de licitação, por exemplo. Não há empreendimentos de vulto em gestação na cidade, nesse momento. Pelo contrário, a Secretaria de Obras se transformou num paquiderme com sobrepeso. É possível enumerar os focos da letargia da pasta responsável pela manutenção da infraestrutura urbana.