Origem multifatorial das doenças

“É fundamental considerar que existem diversas formas que uma mesma doença pode ser gerada”, diz Paulo Brunelli

Origem multifatorial das doenças
Foto: Júlia Souza/DeFato
O conteúdo continua após o anúncio


Em um sistema complexo, como o corpo humano, a doença surge como resultado de interações entre vários fatores, tais como: mecânico (sobrecarga mecânica de posturas e movimentos do dia a dia); estrutural (disfunções da epiderme, dos nervos, das artérias, das vísceras, dos ligamentos, das fáscias e dos ossos); emocional (traumas e conflitos); metabólico (alterações hormonais); químico (reação inflamatória) e outros.

Essa interação entre os diversos fatores, que podem ser mais ou menos importantes, é conhecida como teia de
determinantes. Sendo que, o que determina a ocorrência do processo patológico não são os fatores em si, e sim, a
forma como eles se interrelacionam.

É fundamental considerar que existem diversas formas que uma mesma doença pode ser gerada. Assim, relações distintas entre os fatores podem produzir a mesma patologia. Esse processo é chamado de Equifinalidade, ou seja, o fim é o mesmo, mas o caminho que leva ao fim é distinto. Por isso, podemos tratar pessoas com a mesma patologia de maneiras diferentes, porque os mecanismos que produziram o processo patológico são distintos, apesar do nome da doença ser o mesmo.

Por exemplo, vários indivíduos com dor lombar recebem tratamentos diferentes e, para cada componente do sistema complexo, existem técnicas de tratamento já comprovadas cientificamente: o método Mckenzie para correção do componente mecânico; a Prática Neurossensorial (PNS) para disfunções da epiderme; a Osteopatia para disfunções arteriais, neurais, viscerais e ósseas; o método de Bioalinhamento para disfunções do componente emocional; a técnica de Fisioterapia Integrativa para disfunções metabólicas; e os aparelhos de Terapia de Ondas de Choque e Terapia de Radiofrequência para alterações químicas teciduais.

Assim, cada paciente terá um tratamento específico e individualizado. A escolha da melhor intervenção depende da avaliação e não da patologia.

Paulo Roberto Lage Brunelli é fisioterapeuta. CEFITO: 24141

O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

cassino criptomoedas

MAIS NOTÍCIAS