Quase 2 anos de espera: Após muro desabar e destruir casa, família segue aguardando obra da Prefeitura de Itabira 

Itabira foi contemplada com recursos para outras situações, mas, ‘‘especificamente sobre o imóvel da rua Casemiro de Abreu, não houve uma devolutiva’’, informou a Prefeitura

Quase 2 anos de espera: Após muro desabar e destruir casa, família segue aguardando obra da Prefeitura de Itabira 
Foto: Acervo
O conteúdo continua após o anúncio


Na madrugada de 9 de janeiro de 2022, uma família residente na rua Cassimiro de Abreu, no bairro Machado, viveu um grande susto, após muro da casa – que faz divisa com a via pública – desabar devido às fortes chuvas que se acumularam em Itabira entre o fim de 2021 e início de 2022. Com a queda da estrutura, parte da residência da casa foi atingida, assim como um veículo – que ficou completamente destruído – e uma motocicleta. Um casal de idosos que dormia durante a queda da estrutura, só não foi atingido pois haviam mudado a posição da cama.

Após a queda, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) orientou a família a deixar a residência. Logo depois, os moradores foram assistidos por quatro meses no programa de aluguel social da Prefeitura de Itabira. Desde então, a família se uniu ainda mais para reconstruir a casa destruída e reerguer suas vidas. No período, o casal de idosos adoeceu e vem lidando com uma série de problemas. 

Mesmo após elaboração de relatórios que classificaram como alto (R3), o risco para os moradores e as pessoas que passam pela via, e uma solicitação à Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Trânsito (SMOTT) para realização de obras no local, nada foi feito. Os familiares informaram à DeFato que já chegaram a fazer tratativas diretamente com o prefeito Marco Antônio Lage, buscando resolver a situação, que está prestes a completar dois anos sem solução e corre risco de novo desabamento.

Alto risco

Foi relatado pela vistoria da Defesa Civil que a drenagem pluvial da via pública de rolamento escoa completamente em direção ao talude erodido, que apresenta sulcos erosivos na estrutura em lote residencial. Também foi constatado que o imóvel está localizado em nível topográfico abaixo do nível da pista de rolamento. O relatório também classificou como alto (R3), o risco para os moradores e as pessoas que passam pela via. A partir daí a COMPDEC encaminhou para a Secretaria Municipal de Obras, Transporte e Trânsito (SMOTT) um ofício solicitando a reavaliação e o redirecionamento da rede pluvial, além das obras de contenção no talude. 

Mas o que será feito?

Segundo a Prefeitura de Itabira, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Itabira emitiu um relatório de vistoria e evidenciou o desmoronamento do muro de arrimo executado pelo proprietário do imóvel. Este relatório encorpou uma ‘‘ampla documentação, com diversas situações de danos causados pelas chuvas, e que foi encaminhado para a Defesa Civil de Minas Gerais e para o Governo Federal, como parte das medidas necessárias para o recebimento de recursos para reparação’’. 

Ainda de acordo com a gestão municipal, Itabira foi contemplada com recursos para outras situações, mas, ‘‘especificamente sobre o imóvel da rua Casemiro de Abreu, não houve uma devolutiva’’. Por fim, a Prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Obras, Transportes e Trânsito, acompanha a situação na rua e ‘‘estuda as melhores medidas para executar as melhorias necessárias nas áreas públicas afetadas’’.

Confira a reportagem completa