Reativação de usina de ferro-gusa no Distrito Industrial irá gerar inúmeros empregos em Itabira
Além da contratação de mão de obra, empresa promete também dar preferência a produtores de Itabira e região na compra do material necessário para produção do gusa
Representantes da empresa Atlas Usina Siderúrgica e produtores de carvão vegetal de Itabira se reuniram nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, no Sindicato Rural, no bairro Pará. A reunião contou com cerca de 20 produtores rurais que fornecerão o carvão para a usina e serviu para discutir a reativação da unidade no Distrito Industrial.
Este foi o primeiro passo para a reativação. Já no próximo mês, de acordo com o gerente florestal e engenheiro ambiental da empresa, Luiz Fernando Martins, os trabalhadores estarão finalizando a reforma do local para que se iniciem as atividades. O carvão vegetal é usado justamente na produção do ferro gusa e aço em operações do alto-fornos da siderúrgica.
Conforme adiantou o representante da empresa, a programação é para que a usina compre grande quantidade de carvão, o que favorecerá inúmeras oportunidades de trabalho, com a geração de empregos diretos e indiretos. A empresa já está adquirindo a matéria-prima, dando prioridade aos produtores da cidade. O consumo do material será alto nos próximos meses, com cerca de 900 metros a 1 mil metros de carvão diariamente, o que representará um giro na economia local e regional.
Serão destinados mais de 95% da mão de obra a moradores de Itabira. “Inclusive, isso foi um acordo com a prefeitura, que a preferência era para gerar emprego aqui”, afirmou.
A partir da próxima semana, a empresa já irá receber carvão para fazer o estoque e em meados do mês que vem, os fornos serão ligados para a produção.
Além da mão de obra local, segundo Luiz Fernando, a empresa pretende dar preferência aos itabiranos e moradores da região também na compra do carvão para consumo da empresa. Itabira não possui grande cartela de produtores rurais, mas a Atlas tem parceria com o Sindicato Rural, a Emater e outras entidades. “A gente está buscando uma proximidade com o produtor para conseguir melhor resultado na região”.
Histórico
Em 2008, no auge da crise econômica internacional, a usina acabou sendo desativada. Quando encerrou as atividades, em outubro de 2008, a siderúrgica demitiu todos os funcionários, cerca de 200 na época. Desde então, apenas vigias trabalham no local. A usina está instalada em uma área cercada por eucaliptos de 198 mil metros quadrados às margens da rua Hematita. O espaço construído, que inclui alto-forno, galpões, escritórios etc., soma 7.223 metros quadrados.