No dia 17 de janeiro, servidores da Educação de Belo Horizonte aprovaram um indicativo de greve. A decisão foi tomada após a rejeição da proposta de reajuste salarial feita pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e será deliberada em uma assembleia no dia 6 de fevereiro.
Até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede) tem rejeitado as propostas feitas pela prefeitura. “Nós temos financiamento próprio e peculiaridades na categoria que nos fazem crer ser possível exigir da prefeitura um reajuste maior para a educação”, defende Luiz Bittencourt, diretor do Departamento Administrativo do SindRede.
Histórico
A negociação entre a categoria e a PBH teve início no primeiro semestre de 2023, após uma greve que envolveu os setores do funcionalismo público em geral. Naquele momento, a prefeitura reconheceu que não fez a recomposição das perdas salariais de 2021 e 2022, propondo uma nova negociação em outubro.
Déficit orçamentário
Na nova reunião, a PBH alegou haver um déficit orçamentário que impedia o reajuste prometido.
Dessa forma, a primeira proposta da prefeitura foi apresentada somente em novembro. A sugestão de aumento de 5,92% a ser dividida em duas parcelas foi rejeitada tanto pelo conjunto dos servidores públicos como pelos da educação.
Greve
Com a rejeição, parte da categoria vinculada ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (SINDIBEL) entrou em uma greve curta. A mobilização incluiu também servidores das áreas de fiscalização, administração, saúde e assistência social.
De acordo com Luiz Bittencourt, a categoria rejeitou a proposta feita pela prefeitura em uma uma assembleia no final do ano. Assim, o Sindibel encerrou sua greve e negociou com a prefeitura um novo índice de 8,04%.
Após o SINDIBEL aceitar a proposta, a prefeitura se comprometeu a enviar um projeto de lei para a Câmara Municipal para regulamentar esse reajuste para servidores. No entanto, o projeto não envolveu servidores da educação, já que a categoria estava em campanha salarial.
“No dia 6 de fevereiro, teremos nossa assembleia com indicativo de greve na educação. Esperamos que até lá a prefeitura se disponha a negociar conosco”, defende o diretor do Departamento Administrativo do SindRede.