Santa Bárbara recebe restos mortais do ex-presidente do Brasil Affonso Penna e resgata memória da cidade

Restos mortais de Affonso Pena vieram do Rio de Janeiro e já estão em Santa Bárbara

Santa Bárbara esteve em festa nesta sexta-feira, 13 de fevereiro. A cidade recebeu os restos mortais do ex-presidente Affonso Penna, natural do município santabarbarense, e de sua esposa, Maria Guilhermina de Oliveira Penna, e seus filhos, Álvaro Augusto Moreira Penna, Olga Affonso Penna e Dorah Moreira Penna. A cerimônia aconteceu às 16 horas na Casa Grande, local que passou por restauração e se transformará num Memorial em homenagem ao homem considerado o filho mais ilustre da cidade.
 
A inauguração do Memorial está prevista para 14 de junho, quando se completam cem anos da morte do ex-presidente. Até lá, Santa Bárbara poderá manter políticas de incentivo à preservação de sua memória, como foi enfatizado pelo prefeito Toninho Timbira. “A chegada dos restos mortais de Affonso Penna representa um simbolismo na cidade, em Minas Gerais e no Brasil. Estamos aqui para fazer história, que respeita e valoriza as pessoas”, disse o prefeito.
 
A solenidade foi acompanhada por autoridades locais e regionais, além de representantes de organizações que contribuíram para a chegada dos restos mortais do ex-presidente, inclusive familiares de Affonso Penna.
 
Mausoléu
 
O monumento onde serão instalados os restos mortais de Affonso Penna foi inaugurado em 1912, três anos após a sua morte, e, provavelmente, esculpido na Itália. Ele foi confeccionado em mármore de Carrara por José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli, famoso artista mexicano, radicado no Brasil em fins do século XIX. O tumulo é formado por quatro colunas arcádicas. Na cobertura encontra-se um vitral com a bandeira do Brasil. A figura, uma mulher chorando sobre a lápide de 3000 Kg, representa a República. O estilo do mausoléu é eclético, misturando Néo Clássico com Art Noveau.
 
Casa Grande
 
A casa mostra-se como uma evolução das típicas residências do período colonial, ainda não sendo encontrada uma data precisa de construção. Através das características de sua tipologia arquitetônica, supõe-se tratar de uma casa do final do séc. XVIII, com características marcantes do início do séc. XIX, como: janelas com vergas em madeira alteadas, porão habitável, janelas em guilhotina e vidro, um número considerável de aberturas, pé direito alto e uma solução mais complicada de telhado em quatro águas.
 
Por toda essa importância, a Prefeitura de Santa Bárbara deu início em 2007 à restauração do Prédio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), estadual,  propondo a reconstituição das características de sua tipologia arquitetônica original para abrigar o Memorial Affonso Penna.
 
A restauração do casarão e a construção do Memorial deverão custar cerca de R$ 1,5 milhão, sendo R$ 1 milhão do Ministério do Turismo e R$ 500 mil através de orçamento da Prefeitura.
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